Celso de Mello questiona Moro, AGU e PGR sobre liberar vídeo de reunião

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O Presidente Jair Bolsonaro cumprimenta populares no Palácio da Alvorada. (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

São Paulo – O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello intimou ontem à noite o ex-ministro Sergio Moro, a Procuradoria-Geral da República (PGR) e a Advocacia Geral da União (AGU) a se manifestarem em até 48 horas a respeito do fim do sigilo imposto ao vídeo da reunião do presidente Jair Bolsonaro com ministros, na qual o presidente teria pressionado Moro a trocar o comando da Polícia Federal (PF).

Segundo informações divulgadas na imprensa, o vídeo mostra em determinado momento Bolsonaro dizendo que queria a troca no comando da PF para proteger a sua família.

“Manifestem-se o senhor Procurador-Geral da República, o senhor Advogado-Geral da União e os ilustres advogados do senhor Sérgio Fernando Moro sobre o levantamento, total ou parcial, da nota de sigilo, pontual e temporária, que ainda incide sobre o registro audiovisual da reunião ministerial de 22 de abril de 2020”, diz Mello no documento, afirmando que todos já tiveram acesso ao vídeo ontem.

A decisão de Mello determina que todos esclareçam “se ainda insistem em seus respectivos pleitos de divulgação integral ou de divulgação limitada aos fatos objeto da presente investigação penal”.