Casos de covid-19 torna difícil previsão de demanda de petróleo, diz AIE

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Foto: Carlo Winkelmann/ freeimages.com

São Paulo – A Agência Internacional de Energia (AIE), em seu relatório mensal, disse que o aumento dos casos de coronavírus e seu impacto no alívio das restrições causadas devido à torna mais difícil avaliar a demanda futura. Um impasse contínuo sobre a produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados – um grupo conhecido como OPEP + – também contribui para a incerteza.

A agência fez apenas pequenos ajustes em suas previsões principais, deixando sua previsão para a demanda global de petróleo em 2021 inalterada, projetando um crescimento de 5,4 milhões de barris por dia (bpd) em relação ao ano passado. Para o próximo ano, o grupo reduziu suas estimativas de crescimento em 100 bpd para um crescimento 3 milhões de bpd em base anual.

A IEA elevou sua previsão de crescimento da oferta fora da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) este ano em 60 mil barris para 770 mil barris por dia em base anual e manteve sua previsão de crescimento de 1,6 milhão de bpd na mesma base de comparação para o próximo ano.

“Cerca de um milhão de barris desse crescimento de 2022 deve vir dos EUA, onde os produtores têm se concentrado mais em promessas de retorno de dinheiro aos investidores do que em aumentar a produção”, afirma o documento.

A organização disse que se a OPEP + não conseguir chegar a um acordo de fornecimento, o mercado de petróleo bruto enfrentará “a perspectiva de um déficit de fornecimento cada vez maior”. As negociações destinadas a aumentar a produção fracassaram no início deste mês, depois que os Emirados Árabes Unidos insistiram que deveria ser capaz de bombear mais petróleo do que o permitido pelo acordo de produção existente da OPEP+.