Carga no sistema terá alta de 3% em junho, base anual, aponta ONS

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Foto: Baltazar gabka / freeimages.com

São Paulo – O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) estima que a carga no Sistema Interligado Nacional (SIN) terá alta de 3% ao final de junho, para 70.462 MW médios, indicando estabilidade ante a revisão anterior. Os dados foram informados na quarta-feira, no boletim do Programa Mensal de Operação (PMO) do ONS, da semana operativa entre os dias 10 e 16 de junho.

Por regiões, o Norte é o submercado com maior crescimento estimado, 15,8% (7.211 MWmed), justificado pela retomada gradual das atividades de dois consumidores livres. Os percentuais de avanço para o Nordeste e o Sudeste/Centro-Oeste são de 6,9% (11.733 MWmed) e 1% (39.330 MWmed), respectivamente. A região Sul apresenta uma tendência contrária aos demais, com indicação de redução de 0,8% (12.188 MWmed). Os dados apresentados comparam as estimativas para o mês de junho de 2023, ante o mesmo período do ano passado.

O ONS indica que a Energia Natural Afluente (ENA) no Sudeste/Centro-Oeste, região que concentra 70% dos reservatórios do SIN, deve atingir o maior percentual entre todos os subsistemas ao final do mês: 94% da Média de Longo Termo (MLT). A segunda ENA mais elevada é estimada para o Norte, com 80% da MLT. Ao final do mês corrente, as projeções para Nordeste e o Sul são de 51% e 46%. As previsões são compatíveis com padrão esperado para o período tipicamente seco.

As perspectivas para a Energia Armazenada (EAR) seguem o padrão registrado na revisão anterior, com a possibilidade de todos os subsistemas registrarem índices superiores a 80%. O Norte (99,7%) e o Sul (87,2%) seguem apresentando as perspectivas mais elevadas. Para o Sudeste/Centro-Oeste, a EAR estimada é de 86% e, para o Nordeste, o índice está em 84,6%. Todos os índices mencionados são referências para 30 de junho.

O Custo Marginal de Operação (CMO) se mantém zerado em todos os subsistemas pela vigésima quinta semana consecutiva, padrão iniciado no final de dezembro de 2022. Ao longo de todos os primeiros cinco meses de 2023, o CMO esteve com valor zero.