São Paulo – O BTG Pactual reduziu suas expectativas de ganhos de curto prazo para a Minerva, citando decepção com o conjunto de resultados da companhia no quarto trimestre de 2022 (4T22), indicadores fracos de preços e volumes de carne bovina neste trimestre, a proibição autoimposta do Brasil às exportações para a China e a deterioração do ambiente de negócios na Argentina como principais catalisadores de uma receita e margens mais fracas no início de 2023.
“Embora afirmemos que esses elementos são em sua maioria transitórios, acreditamos que nossas estimativas anteriores tornaram-se muito otimistas. Nossa estimativa de ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) para 2023 agora é 13% menor, em R$ 3,1 bilhões, e ainda implica recuperação substancial de margem a partir do segundo trimestre. Não acreditamos que os investidores darão o benefício da dúvida antes de ver os preços da carne subindo, o que esperamos que aconteça gradualmente com a retomada das importações chinesas”, comentaram os analistas do BTG, em relatório divulgado nesta segunda-feira.
Com isso, o BTG reduziu o preço-alvo da ação BEEF3 em 12 meses a R$ 15 e manteve a recomendação de compra e preferência pela empresa no setor de proteínas, pois considera que a Minerva continua sendo uma história mais segura em relação aos seus pares locais.
“De acordo com nossas novas estimativas, a ação agora está sendo negociada a 4,1x EV/2023EBITDA, o limite inferior da faixa histórica, com alavancagem líquida no final do ano proporção de 2,2 vezes”, finalizaram.
