São Paulo – O BTG Pactual atualizou sua avaliação para a B3 após a realização da reunião anual da companhia com o mercado e projeções apresentadas pela companhia para este ano e 2023, cortando o preço-alvo para R$ 14, de R$ 18, que ainda prevê 25% de retorno total ao último preço de fechamento, e manteve a recomendação de compra. O banco de investimentos cita que espera grande volatilidade e avalia que a ação precisa de um cenário macroeconômico melhor para alcançar melhor desempenho (ou seja, as taxas de juros começam a cair).
O BTG agora estima um EPS de 5% e 9% abaixo do consenso de mercado para 2022 e 2023. “Com a ação em alta de 8% no acumulado do ano (depois de cair 24% desde 4 de novembro – seu pico mais recente), ainda vemos o papel negociando a atraentes 14,5x P/E23. Mantemos a compra pois a empresa está mais preocupada em diversificar suas fontes de receita para se tornar um competidor mais completo”, comentaram os analistas, em relatório.
Sobre o B3 Day, a análise destaca que, apesar de um ano difícil para as bolsas globais, volumes saudáveis nas ações listadas na B3 segmento apontam para um novo patamar de ‘turnover’- o giro de mercado, que é calculado pelo volume negociado no mercado à vista dividido pela capitalização média de mercado no ano. Isso reflete principalmente o fato de que a B3 apoiou o crescimento dos negócios de seus clientes. Como resultado, o segmento de varejo tem maior volume e turnover, em linha com a média histórica, enquanto os indicadores institucionais e segmentos de clientes estrangeiros também cresceram fortemente nos últimos anos, reforçando o sucesso das iniciativas da B3 para desenvolver o mercado.
Apesar da exposição da B3 à taxa Selic via alocação de ações dos investidores, o CEO da empresa acredita que uma taxa de turnover de 150% poderia sersustentável, principalmente devido a maior penetração no varejo, maior presença de HFTs e maior apetite de clientes institucionais.
