BTG Pactual confirma interesse no Banco Alfa em resposta à CVM

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São Paulo – O BTG Pactual confirmou seu interesse no banco Alfa e disse que, dentro da sua estratégia de negócios, analisa, costumeiramente, diversos ativos e oportunidades de mercado, incluindo os ativos financeiros do espólio de Aloysio Faria, em resposta a pedido de esclarecimento feito pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) após notícia sobre o assunto no jornal “O Globo”, divulgado ontem (20/9) à noite..

O BTG disse que, com relação à afirmação acerca da aprovação do governo americano, já possui negócios regulados nos Estados Unidos. Na coluna do Lauro Jardim do jornal noticiou que “um dos predicados do banco Alfa para o BTG Pactual, que estuda a sua compra, é que a instituição financeira fundada por Aloysio Faria tem a aprovação do governo americano para agir como um banco local, por meio do Delta Bank.”

No ofício ao BTG, a CVM, disse que vem entendendo que, na hipótese de vazamento da informação ou se os papéis de emissão da companhia oscilarem atipicamente, o fato relevante deve ser imediatamente divulgado, ainda que a informação se refira a operações em negociação (ainda não concluídas), tratativas iniciais, estudos de viabilidade ou até mesmo à mera intenção de realização do negócio, conforme evidenciado no voto do então Diretor Relator Marcelo Trindade ao Processo Administrativo Sancionador CVM nº 04/0415:

“O Fato Relevante, quando consumada a negociação, foi apenas a conclusão de uma sucessão de eventos relevantes sobre os quais o mercado não estava oficialmente informado […]. Estudos mais aprofundados em finanças, notadamente nos Estados Unidos, confirmam que o momento do fato relevante, na maior parte das vezes, não é representado por um evento objetivo localizado no tempo, que de forma clara e definitiva simbolize a ocorrência relevante nos negócios da companhia. Verificou-se naqueles estudos que, frequentemente, o fato isolado (a assinatura de um contrato, por exemplo) não é Internal Use Only suficiente para capturar, de uma só vez, o impacto de uma informação relevante. Além disso, cada vez mais o mercado tenta se antecipar à divulgação de informações, ao invés de aguardá-las passivamente, fazendo apostas quanto aos eventos que serão anunciados, independentemente da importância do anúncio em si, o que também dificulta a identificação de eventos relevantes no tempo.”