Brasil ainda está no início de jornada ESG, diz analista da XP

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Foto: Mauro Bertolini / freeimages.com

São Paulo – A analista research ESG da XP, Marcella Ungaretti, disse que o Brasil ainda está no início de sua caminhada em estratégias ESG (sigla em inglês para Ambiental, Social e Governança). Em entrevista em live à Agência CMA, Marcella disse que a pandemia impulsionou o tema ESG para empresas e investidores no país, que hoje querem discutir mais sobre o tema.

“A gente confirma nossa visão de que a pandemia colocou um holofote central e impulsionando a preocupação junto a esse tema e os investidores tem sido cada vez mais vocais e exigindo mais respostas das empresas no sentido de maior iniciativa, maior comprometimento junto a isso”, disse.

Assista abaixo a íntegra da entrevista:

Ela citou disse que globalmente US$ 31 trilhões são geridos por fundos que definiram estratégias sustentáveis e consideraram os processos ambientais, sociais e de governança, como um dos fatores a serem considerados na hora de investir nas empresas.

“Na Europa, 50%, ou seja, um a cada dois fundos europeus, já consideram ESG na hora de alocar recursos e alocar capital. Nos Estados Unidos, esse mesmo percentual já é de 1/4, ou seja, 25%, um a cada quatro fundos norte-americanos consideram esses critérios na hora de investir”, explicou.

Em relação ao Brasil, ela explica que o número ainda é baixo, mas é preciso considerar o avanço dos últimos anos.

“No Brasil a gente ainda está no início dessa jornada no sentido de que o caminho a diante ainda é bastante longo, mas a gente tem visto o tema ganhando muita relevância. O número aproximado desse percentual deve gerar por volta de 3%. É um número abaixo ainda de 5%, mas que saiu de praticamente do zero e foi aumentando cada vez mais e agora está muito mais perceptível a preocupação dos investidores e das gestoras de recursos com essa agenda no sentindo de incorporar e trazer para análise na hora de realizar ou não realizar um investimento específico”, finalizou.