BofA prevê maior sinistralidade e crescimento da Hapvida por cenário mais desafiador

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Foto divulgação: Hapvida

São Paulo – O Bank of America (BofA) atualizou suas previsões para os números da Hapvida para refletir uma sinistralidade-caixa mais conservadora com um cenário mais desafiador para o segmento de saúde, que deve pressionar os resultados operacionais da operadora e, ao mesmo tempo, gerar maior crescimento.

Eles observam que, nesse ambiente operacional difícil, empresas com tíquetes médios mais baixos como a Hapvida parecem mais bem posicionadas para se beneficiar do processo de downgrade de plano, ganhando participação de mercado em beneficiários.

Com isso, o BofA mostrou uma visão mais otimistas em relação ao crescimento orgânico – até 4% de 3%, anteriormente. Em sinistralidade, os analistas aumentaram o indicador de 71% para 72,5% em 2022 e de 66,7% para 68,4% em 2023.

Por fim, a análise incorporou as sinergias de 1 milhão de vidas para os próximos três anos versus 650 mil antes, por conta da fusão com o Grupo Notre Dame Intermédica.

“Como resultado, devemos ver um declínio estrutural na margem bruta de cerca de 200bps, embora compensado por um crescimento mais rápido no crescimento orgânico de receita. Mantemos nossa recomendação de compra e preço-alvo de R$10, implicando em potencial de valorização de 35%”, escreveram os analistas.

Em relação aos resultados do terceiro trimestre que serão apresentados em 9 de novembro, o BofA espera um impacto negativo do reajuste da folha de pagamento, que deve ser de cerca de 11% e retroativo desde o início do ano.

Do lado positivo, o resultado também refletirá o reajuste dos planos individuais desde maio alguma melhora operacional de aquisições com margens menores e menor impacto do Covid-19. Em termos de beneficiários, o BofA estima um aumento de 154 mil no 3T22, uma aceleração em relação aos 139 mil do 2T22.

“No geral, o impacto líquido é um aumento de cerca de 100bps na sinistralidade-caixa em base trimestral, atingindo 73,4% no 3T22. No entanto, excluindo o impacto da folha de pagamento, devemos ver uma melhora trimestral na sinistralidade-caixa no intervalo, caso contrário, talvez precisemos rever nossa tese”, comentaram os analistas.