BC alemão rebaixa previsão de crescimento e inflação para 2020

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Foto: Priit Kallas / freeimages.com

Por Cristiana Euclydes

São Paulo – O Bundesbank, o banco central da Alemanha, revisou para baixo a projeção de crescimento da economia do país para este ano e o próximo, citando riscos ao comércio externo e ao setor industrial alemão. A previsão de inflação para 2020 também foi rebaixada.

A previsão para a alta do Produto Interno Bruto (PIB) da Alemanha para 2020 caiu para 0,6%, após a projeção de crescimento de 1,2% divulgada no relatório anterior, em junho. Para 2019, a projeção de crescimento da economia alemã caiu de 0,6% para 0,5%.

O banco, por outro lado, revisou para cima sua projeção para 2021, de 1,3% para 1,4%, e divulgou projeções de 1,4% para 2022. “Depois de superar a fase fraca, a economia alemã poderia novamente crescer a uma taxa semelhante ao potencial de produção”, de acordo com o relatório. “No entanto, os riscos de queda continuam a prevalecer”.

Segundo o presidente do Bundesbank, Jens Weidmann, “ainda existem perigos no comércio exterior que podem agravar e prolongar a desaceleração da indústria”. Para ele, porém, as exportações devem retomar o crescimento ao longo de 2020, reduzindo “a divisão pronunciada da economia alemã em duas”.

A indústria de exportação enfraqueceu-se, mas setores de orientação doméstica seguem resilientes, diz o banco. “Da perspectiva de hoje, não se espera uma recessão”, segundo o relatório. “O apoio de políticas fiscais e políticas monetárias muito expansionistas prover um impulso”.

INFLAÇÃO

Por fim, com relação à inflação, o Bundesbank também revisou suas projeções para baixo para 2020, de 1,5% para 1,3%, “devido à queda nos preços da energia”. Para 2021, a estimativa caiu 1,7% de 1,3% e, a partir de então, a inflação deve subir significativamente.

“Devido às medidas de política climática adotadas recentemente, os preços da energia subirão significativamente”, diz o relatório. “Isso significa que a dinâmica dos preços na Alemanha deve permanecer mais alta do que nos outros países da zona do euro até o final do período de projeção”.