BB Seguridade registra lucro de R$ 1,2 bilhão, alta de 21%

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São Paulo – A BB Seguridade apresentou um lucro líquido ajustado de R$ 1,179 bilhão, uma alta de 20,7% em relação ao mesmo período do ano passado e recuo de 3,8% ante o quarto trimestre de 2021. A companhia atribuiu o resultado – o melhor primeiro trimestre de toda a história da companhia – a ganhos da Brasilprev, BB Corretora, Brasilseg e Brasilcap, que resultaram em incremento de R$ 202,4 milhões em base de comparação anual.

O resultado teria sido ainda melhor, não fossem os R$ 2,2 bilhões em sinistros avisados do seguro agrícola no 1T22, em função do efeito climático La Niña, que impactou as culturas de soja e milho do Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso do Sul, disse a companhia, em seu relatório de resultados divulgado nesta segunda-feira.

O resultado financeiro consolidado, líquido de impostos, de todo o conglomerado – BB Seguridade e de suas investidas – cresceu 258,9% em relação ao mesmo período de 2021, representando 19,7% do lucro líquido total. A levação da taxa média Selic e a expansão do saldo médio de ativos em quase todas as empresas foram os principais motivos que levaram a esse aumento.

“Mesmo com o grande volume de perdas avisadas no seguro agrícola, o resultado operacional não decorrente de juros (ex-holdings) cresceu 7,7% no período comparado, demonstrando mais uma vez a resiliência do modelo de negócios da companhia”, destacou.

Na Brasilprev, o ganhou foi de R$110,0 milhões, impactado positivamente pelo maior resultado financeiro, decorrente do aumento do saldo médio de ativos rentáveis e da expansão da margem financeira, impulsionada pelo aumento da taxa Selic, por um menor impacto negativo de marcação a mercado e por uma menor taxa de atualização dos passivos. O resultado operacional cresceu 6,5%, suportado por maiores receitas com taxa de gestão.

Na BB Corretora, houve acréscimo de R$ 68,9 milhões, decorrente tanto do aumento das receitas de corretagem como da evolução do resultado financeiro.

Na Brasilseg (+R$17,5 milhões), o crescimento foi impulsionado pelo incremento do resultado financeiro, consequência da maior taxa média Selic, da alta nos índices de inflação e da expansão do saldo médio de ativos, e pelo crescimento dos prêmios ganhos retidos, que compensou o maior volume de sinistros avisado no seguro agrícola.

E, por fim, na Brasilcap houve soma de R$3,2 milhões, com alta da margem financeira, decorrente da maior taxa média Selic.

Os negócios de distribuição da seguradora, que envolve Brasilseg, Braseilprev, Brasilcap e BB Corretora, foram de R$ 575,3 milhões no trimestre, 13,6% maior que o visto no período de 2021.

Em Seguros, a companhia emitiu R$ 2,8 bilhões em prêmios emitidos, crescimento de 19% em relação ao 1T21 e superaram o intervalo de estimativas do guidance, graças aos seguros rurais (+44,9%), ainda em função da alta nos custos de produção e da contratação de custeio para a safra de inverno.

As demais modalidades também apresentaram forte crescimento com: vida (+8,4%), suportado pelas renovações anuais de apólices; e residencial (+31,4%) e empresarial/massificados (+13,7%), ambos impulsionados por um melhor desempenho de vendas novas.

O volume de sinistros decorrente de casos de Covid-19 reduziu 83,3% em relação ao mesmo período de 2021, tendo registrado o montante de R$ 42,4 milhões. A principal causa para essa redução foi o aumento da cobertura vacinal da população, o que fez com que a elevação no número de infecções no início do ano decorrentes da variante Ômicron não refletisse em aumento de óbitos na mesma proporção no país.

Em Previdência, houve alta anual de 21% e volume de R$ 13 bilhões, captação bruta tem o melhor resultado em um primeiro trimestre da série histórica. A alocação de ativos sob gestão de planos PGBL e VGBL em fundos multimercado encerrou o primeiro trimestre representando 32,5% do total das reservas, mantendo patamar semelhante ao do final de 2021 (+18,2 p.p. em 12 meses | +0,7 p.p. sobre dez/21). A taxa média de gestão anualizada atingiu 1,03%, equivalente a um incremento de 0,02 p.p. no comparativo com o 1T21.

A arrecadação com títulos de capitalização teve alta de 25%, o que se justifica pelo maior ticket médio dos títulos de pagamento único. No 1T22, o lucro líquido da operação de capitalização cresceu 10,0% em relação aos três primeiros meses de 2021, totalizando R$53,2 mi, suportado pelo aumento da margem financeira, em função da alta na taxa média Selic.

Em Planos odontológicos, a Brasildental registrou mais de 60% de suas vendas realizadas em meios digitais no 1T22. No mesmo período do ano passado, esse percentual era de 36%.