Barkin, do Fed, defende aumento dos juros para inflação chegar a 2%

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São Paulo – O presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) de Richmond, Thomas Barkin, disse hoje que mais aumentos na taxa básica de juros serão necessários para dimunir as pressões sobre os preços, apesar dos diversos indicadores positivos na inflação dos Estados Unidos nesta semana.

“Os relatórios desta semana mostrando que os aumentos de preços dos consumidores e do atacado suavizados em julho foram “muito bem-vindos”, disse Barkin à CNBC. “Então, estamos felizes em ver a inflação começar a baixar”, acrescentou.

Barkin, porém, pontuou que é uma necessário que os preços fiquem sob controle por um tempo mais longo para consolidar a desaceleração dos juros por parte do Fed.

“Eu gostaria de ver um período de inflação sustentada sob controle, e até fazermos isso, acho que teremos que continuar a mover as taxas [de juros] para território restritivo.”

Os preços ao consumidor em julho, divulgados hoje, foi mais um indicador positivo da economia dos Estados Unidos, seguido da queda de 0,5% dos preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) ontem. Mais cedo, o índice de confiança do consumidor Michigan/Reuters subiu para 55,1 pontos em agosto, depois dos 51,5 pontos de julho, de acordo com dados preliminares. O índice veio acima da previsão dos analistas.

Apesar da melhora nos índices, o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) ainda subiu 8,5% nos últimos 12 meses, enquanto o PPI subiu 9,8%. Ambos os números ainda estão muito acima do objetivo de inflação de longo prazo do Fed de 2%, então Barkin disse que o banco central precisa continuar avançando até atingir seu objetivo.

“Eu gostaria de vê-la [inflação] correndo na nossa meta por um período de tempo”, completou Barkin.

Os mercados ainda estão divididos sobre se o Fed vai aumentar em 0,75 ponto percentual (pp) ou reduzir o ritmo para um aumento de 0,5 pp, com os investidores acreditando ligeiramente para uma subida menor nos juros.