Aquisição dos 36% faltantes do JK Iguatemi e anúncio de follow-on da Iguatemi dividem opiniões

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São Paulo- A Guide considera que o impacto da compra dos 36% restantes do JK Iguatemi por R$ 667 milhões é positivo para a Iguatemi (IGTI11), que passa a deter 100% do JK Iguatemi. Isso porque se trata de um empreendimento voltado ao mercado de luxo, bem localizado e com diversas marcas exclusivas. “Apesar do valor da transação não ser baixo, o controle total da operação pela Iguatemi deve ser bem recebido pelo mercado. Além disso, o timing é relevante: em função das altas taxas de juros, os shoppings estão sendo negociados a múltiplos baixos atualmente no Brasil”, diz análise da Guide.

A transação será parcialmente financiada com emissão de ações: a Iguatemi deve emitir 25 milhões de units (IGTI11), com conclusão prevista para dia 20 de setembro, segundo cronograma informado pela empresa. Os atuais acionistas terão prioridade de alocação na oferta.

“O JK é um shopping de alta performance, com elevada ocupação, alto valor do aluguel por metro quadrado, localizado em uma região com elevada densidade populacional. Além disso, a empresa vem ajustando o shopping para permitir a realização de eventos, tanto sociais quanto corporativos, que devem elevar a rentabilidade do empreendimento nos próximos trimestres”, estima a Guide.

A XP Investimentos, por sua vez, tem visão neutra para para o follow-on da Iguatemi, “com base no nível de precificação das ações da Iguatemi (R$ 20,23), negociadas a 11,5x preço /fluxo de caixa proveniente das operações em 2022, que em nossa opinião ainda está em patamares descontados, podendo levar a uma diluição dos acionistas (13.5%).”

Ainda assim os analistas da XP consideram que a oferta deve fortalecer a estrutura de capital da companhia, auxiliando também no financiamento de aquisições e mantendo o balanço da companhia robusto, abrindo espaço para futuras aquisições – além de auxiliar na liquidez das ações.