São Paulo – A Diretoria Colegiada da ANP criar um grupo de trabalho para monitorar a situação do Polo Bahia Terra e articular as ações necessárias à retomada gradual e completa de sua produção. A diretoria também analisou e decidiu não atender ao pedido feito pela Petrobras, de reconsideração da decisão da Agência de interditar, por motivos de segurança, as instalações que compõem o Polo.
“A ANP entende que não pode se furtar ao seu dever de fazer cessar as situações de risco grave e iminente, mas, ao mesmo tempo não medirá esforços para que a retomada da produção ocorra o mais rápido possível.” Na fiscalização presencial feita por técnicos da Agência em dezembro de 2022 foi constatada a falta de sensores de fogo e gás; a indisponibilidade de sistemas fixos de combate a incêndio; o subdimensionamento de respiros de emergência; e a não previsão de ações de intertravamento em caso de gás confirmado.
“Verificou-se também a falha da empresa de não avaliar e, consequentemente, não gerenciar, os riscos específicos das instalações e suas operações no Polo, pois não há estudos de consequência de eventuais incêndios e explosões, o que é mandatório pela própria filosofia de segurança da operadora.”
Para a Ativa Investimentos, o momento é de cautela: Além da paralisação operacional, seguimos aguardando informações a respeito do desinvestimento do polo que, segundo a Petrobras, segue sendo negociado com PetroReconcavo e Eneva.
Os analistas, no entanto, não estão tão otimistas quanto ao futuro da companhia. Mais que a retomada operacional, a conclusão de seu desinvestimento seria uma boa notícia para a petrolífera, embora a possibilidade deste não ocorrer tenha aumentado com a troca da gestão na companhia, dizem.
A Agência explicou que devido aos impactos causados à população, aos municípios e os agentes econômicos da região, pela suspensão da produção no Polo, decidiu criar um grupo de trabalho que deverá trabalhar junto à empresa para definição da estratégia para o retorno da produção do Polo Bahia Terra – mas com o saneamento dos desvios críticos causadores de riscos graves e iminentes- no menor tempo possível, assim como o cronograma de retorno à operação, com ações priorizadas, com base na capacidade de produção, na garantia do abastecimento, no menor tempo de saneamento dos condicionantes estabelecidos na interdição e em outros critérios cabíveis.”
