Analistas reforçam visão otimista para os ganhos do Banco do Brasil e reiteram compra da ação

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São Paulo – Os analistas mostram visão positiva para os papéis do Banco do Brasil após a diretoria da companhia reforçar uma perspectiva de manutenção da forte rentabilidade apresentada no segundo trimestre no evento anual com investidores realizado ontem (22/9).

O BTG Pactual reiterou a compra da ação do Banco do Brasil após o evento de ontem (22/9), devido à sua avaliação que indica maior rentabilidade e melhor governança corporativa. O BTG explica que atualizou o BB para compra em fevereiro, após os resultados do 4T21, principalmente com base em uma avaliação de que o papel estava barato com forte impulso de ganhos, e destaca que, desde então, as ações subiram cerca de 30%.

Com as eleições se aproximando, o banco de investimentos optou por retirar o banco administrado pelo governo de sua carteira estratégia 10SIM de setembro, substituindo pelo Itaú, mas considera que por sua avaliação ainda descontada, negociado a 4,0x P/E23, pode oferecer um ponto de entrada atraente nos próximos meses, dependendo das eleições.

Na visão dos analistas, a governança corporativa do BB é apoiada por três pilares: um plano principal forte para orientar a estratégia do banco nos próximos cinco anos; um comitê executivo robusto, com 50% de consultores independentes; e uma sólida estrutura interna e planos de carreira, com lideranças desenvolvidas internamente.

“Juntamente com as recentes iniciativas de digitalização, tecnologia, foco no cliente e melhorias de eficiência, vemos o BB sustentando um nível de rentabilidade nos próximos trimestres, que superou o ROE de 20% no segundo trimestre o que a gestão reiterou que deve ser considerado um novo limiar”, escreveram os analistas.

A Genial também reiterou a recomendação de compra das ações do BB, citando que a sustentabilidade nos resultados e ROE de 20% veio para ficar, após a diretoria do reforçar que fechou a distância de rentabilidade entre ele e seus pares privados, após ficar por muitos anos, com uma rentabilidade bem abaixo de seus rivais incumbentes de quase 10 pp de diferença.

“Hoje, o banco está mais capitalizado, com menor inadimplência e mais provisionado (alto índice de cobertura) que a média de seus rivais. Apesar da jornada ter levado vários anos, o BB conseguiu melhorar seu retorno sobre patrimônio (ROE) de forma sustentável, afirmou o CEO Fausto, através do controle de custo, melhora do mix de crédito, gestão e controle da inadimplência, aumento seletivo do apetite por produtos com maior risco mas com maior retorno (exemplo, cartão de crédito para não correntistas) e um ciclo virtuoso conquistado com a melhora da satisfação do cliente que acaba trazendo mais negócios”, disse a Genial, em relatório, com preço-alvo de R$ 45,40 para BBAS3, que considera um potencial de valorização de 10,09%.

Às 16h06 (horário de Brasília), as ações do BB (BBAS3) recuavam 1,67%, a R$ 40,55, acompanhando outros bancos, em dia negativo para o Ibovespa, que caía 2,45%.