Aluguel de salas e conjuntos comerciais sobe 0,38% em fevereiro, aponta FipeZAP+

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Comércio na SAARA (Sociedade de Amigos das Adjacências da Rua da Alfândega), centro da cidade do Rio de Janeiro / Foto: Tânia Rêgo / Agência Brasil

São Paulo, SP – O Índice FipeZAP+ de aluguel de salas e conjuntos comerciais divulgado hoje mostrou que os preços de venda dos imóveis de até 200 m2 se mantiveram praticamente estáveis em fevereiro (+0,02%), enquanto os preços de locação do
segmento avançaram 0,38% no mesmo período.

Comparativamente, os preços ao consumidor se elevaram em 0,84%, segundo registro mensal do IPCA/IBGE, ao passo que o IGP-M/FGV apurou uma discreta deflação de 0,06% nos preços da economia brasileira.

Considerando as cidades onde o segmento comercial é monitorado, os preços de venda apresentaram elevação mensal nas seguintes localidades: Florianópolis (+0,88%), Salvador (+0,59%), Niterói (+0,52%); Campinas (+0,45%); São Paulo (+0,21%) e Brasília (+0,05%), contrastando com os recuos no Rio de Janeiro (-0,45%); Porto Alegre (-0,39%); Belo Horizonte (-0,25%). Em Curitiba, diferentemente, os preços permaneceram estáveis.

Quanto ao comportamento do valor do aluguel de salas e conjuntos comerciais de até 200 m2, foram registradas altas em 7 das 10 localidades monitoradas: Niterói (+1,53%) Florianópolis (+1,47%); São Paulo (+0,59%); Curitiba (+0,55%); Campinas (+0,40%); e Rio de Janeiro (+0,28%). Recuos mensais no valor do aluguel foram observados em Belo Horizonte (-0,23%); Brasília (-0,12%); Salvador (-0,09%); e Porto Alegre (-0,04%).

Nos últimos 12 meses, em termos nominais, os preços de venda de imóveis comerciais registraram queda nominal nos últimos 12 meses (-0,57%), em contraste aos preços de locação do mesmo segmento, que acumularam uma alta de 5,52% na mesma janela temporal. Comparativamente, os principais índices de preço de referência da economia apresentaram as seguintes variações acumuladas no mesmo recorte temporal: o IPCA/IBGE (+5,60%) e o IGP-M/FGV (+1,86%).

No âmbito individual, aumentos nos preços de venda do segmento foram observados em: Curitiba (+5,70%); Florianópolis (+3,57%); São Paulo (+0,98%); e Campinas (+0,04%) contrastando com os recuos em: Belo Horizonte (-4,50%); Rio de Janeiro (-3,24%); Salvador (-3,08%) Porto Alegre (-1,55%); Niterói (-0,60%); e Brasília (-0,40%);. Quanto à variação acumulada do aluguel comercial, as variações registradas nas localidades foram as seguintes: Florianópolis (+12,69%); Curitiba (+11,64%); Campinas (+9,47%); Salvador (+8,90%); São Paulo (+5,43%); Niterói (+5,25%); Rio de Janeiro (+5,03%); Porto Alegre (+3,51%); Belo Horizonte (+0,19%); e Brasília (-0,52%).

Em fevereiro de 2023, o valor médio do metro quadrado de imóveis comerciais anunciados nas cidades monitoradas pelo Indice foi de R$ 8.437/m2, no caso de imóveis comerciais anunciados para venda, e de R$ 40,31/m2 entre aqueles disponibilizados para locação no último período analisado. Considerando todas as 10 cidades monitoradas pelo Indice, a cidade de São Paulo se destacou com o maior valor médio tanto para venda de salas e conjuntos comerciais de até 200 m2 (R$ 9.959/m2), quanto para locação desses imóveis (R$ 48,30/m2). Comparativamente, no Rio de Janeiro, os preços médios de venda e de locação de salas e conjuntos comerciais anunciados no último mês foram de R$ 8.864/m2 e de R$ 39,98/m2, respectivamente.

Sobre o retorno médio do aluguel de imóveis comerciais em fevereiro ode 2022, o valor apurado foi de 5,91% ao ano, superando a rentabilidade projetada para a locação de imóveis residenciais (5,25% ao ano). Mesmo com esse resultado, ambas as taxas se mantiveram abaixo do retorno médio projetado de aplicações financeiras de referência nos próximos 12 meses. Entre as 10 cidades monitoradas, os maiores retornos do aluguel de imóveis comerciais foram registrados nas seguintes localidades: Salvador (8,69% a.a.), Campinas (7,14% a.a.); São Paulo (6,11% a.a.); e Brasília (6,07% a.a.).