Alpargatas eleva prejuízo líquido para R$ 1,6 bi no quarto trimestre de 2023, base anual

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São Paulo – A Alpargatas registrou prejuízo líquido de R$ 1,6 bilhão no quarto trimestre de 2023, 77,2 vezes superior ao prejuízo de R$ 20,8 milhões no mesmo período do ano anterior, uma alta de 7604%. Desconsiderando o efeito dos itens extraordinários líquidos de IR, o lucro líquido normalizado seria de R$ 4,8 milhões.

O prejuízo líquido normalizado de Havaianas foi de R$ 3,2 milhões vs. lucro líquido de R$ 80,6 milhões no 4T22.

O resultado financeiro líquido foi negativo em -R$27,3 milhões. O aumento das despesas financeiras é explicado pela maior alavancagem.

O resultado de Equivalência Patrimonial foi de -R$ 364,4 milhões, explicado por: i) reconhecimento de 49,2% do resultado líquido positivo da Rothys no 4T23, lucro equivalente a R$ 12,0 milhões; ii) efeito de amortização de mais-valia de ativos (PPA) no valor de -R$ 4,0 milhões; e iii) efeito de impairment da marca Rothys no valor de -R$ 372,5 milhões.

No terceiro trimestre, a receita líquida da empresa caiu 8,5%, em base anual, para R$ 1 bilhão. A queda de 7,3% nos volumes vendidos foi a principal causa dessa variação.

O ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) do período foi negativo de R$ 1,194 bilhão, revertendo o ebitda positivo de R$ 46,9 milhões na comparação anual. Neste trimestre, apesar dos esforços da companhia de otimização operacional, simplificação de estruturas e contenção de despesas, o indicador foi severamente impactado pelos resultados operacionais da divisão internacional da Havaianas, além do impacto de write-off. Em base normalizada, o ebitda totalizou R$ 67,3 milhões no 4T23, 55,9% menor que o registrado no mesmo intervalo de 2022.

Os esforços da Companhia na otimização fabril somados à queda nos custos de matéria-prima contribuíram para que o custo dos produtos vendidos apresentasse redução de 6,5% na comparação anual ao atingir R$ 642,6 milhões no trimestre. No ano, a redução foi 1% atingindo R$2,2 bilhões.

Em todo o ano passado, o prejuízo foi de R$ 1,867 bilhão, ante lucro de R$ 183,7 milhões um ano antes. A receita líquida alcançou R$ 3,7 bilhões, queda de 11% em relação a 2022, justificada pela queda de volumes tanto no Brasil quanto no Internacional.