Agência internacional de energia tem planos para reduzir dependência do gás russo na Europa

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Foto: União Europeia

São Paulo – A Agência Internacional de Energia (IEA, da sigla em inglês) divulgou um plano com dez pontos para reduzir a dependência da Europa do fornecimento de gás natural por parte da Rússia. Cerca de 40% do gás usado na União Europeia vem da Rússia, segundo o documento.
“O progresso nestas ações reduzirá o uso e as importações de gás ao longo do tempo, mas a crise de hoje levanta questões específicas sobre as importações da Rússia e o que os formuladores de políticas e os consumidores podem fazer para reduzi-las”, informa o site oficial da IEA.
O plano de dez pontos pretende reduzir em um terço a dependência da Europa do gás russo. “Consideramos as possibilidades de a Europa ir ainda mais longe e mais rápido para limitar a dependência de curto prazo do gás russo. Se a Europa tomar essas medidas adicionais, as importações de gás russo de curto prazo poderiam ser reduzidas em mais da metade”.
Os dez pontos que a IEA aponta são:
1. Não renovar os contratos de suprimento de gás com a Rússia
2. Usar fontes de energia alternativas, como os terminais de gás liquefeito natural (LNG, da sigla em inglês), vindo do Reino Unido, e aumentar a importação da Noruega e Azerbaijão
3. Ter uma reserva mínima de gás para aumentar a resiliência do mercado (especialmente no inverno, quando a demanda por energia aumenta)
4. Acelerar o desenvolvimento e implantação de fontes de energia solares e eólicas
5. Maximizar a geração de energia a partir de fontes de baixa emissão existentes: bioenergia e nuclear
6. Decretar medidas de curto prazo para proteger os consumidores de eletricidade que são mais vulneráveis aos preços altos
7. Acelerar a substituição de caldeiras a gás por bombas de calor (que transferem energia térmica entre ambientes)
8. Acelerar as melhorias de eficiência energética em edifícios e na indústria
9. Incentivar um ajuste temporário do termostato de edifícios pelos consumidores, para reduzir o consumo de gás
10. Intensificar os esforços para diversificar e descarbonizar as fontes de flexibilidade do sistema de energia.