Aeronautas mantêm greve marcada para esta segunda-feira; Gol relata atrasos

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Foto: GRU Airport - Aeroporto Internacional de São Paulo

São Paulo – A GOL informa que, durante o período da paralisação dos aeronautas que aconteceu hoje (19/12), entre 6h e 8h, todos os voos previstos foram operados e apenas alguns sofreram atrasos.

“Todos os esforços estão sendo empregados em tratar as contingências com nossos Clientes, minimizando muito os impactos.A companhia coloca todos os seus canais de atendimento à disposição e recomenda que os Clientes acompanhem o status dos seus voos pelo link https://b2c.voegol.com.br/status-de-voo/#_ga=2.60890280.561289025.1671453521-614409597.1671219198”, informou, em nota enviada por e-mail à Agência CMA.

A Azul informou que não vai comentar o assunto, em resposta a pedido de informações feito pela Agência CMA.

DECISÃO

O Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (SNEA) informou que neste domingo (18) foi proferida nova decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST) determinando que seja mantido o efetivo de 90% dos aeronautas em serviço (operando os aviões) durante o período da greve e que sejam informados pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) os atrasos decorrentes da paralisação prevista pelo Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA).

O movimento ocorre a partir de 19 de dezembro de 2022 das 6h às 8h, nos aeroportos Congonhas, Guarulhos, Galeão, Santos Dumont, Viracopos, Porto Alegre, Brasília, Confins e Fortaleza.

O TST determinou, ainda, que não serão tolerados descumprimentos da decisão judicial e, inclusive, advertiu sobre a possibilidade de responsabilização civil e criminal por atos praticados ao longo da greve. A multa pelo descumprimento é de 200 mil reais por dia.

O SNEA destaca, ainda, que ao longo do final de semana foi apresentada uma proposta pelo TST que foi aceita pelas empresas aéreas, mas rejeitada pelos aeronautas. O sindicato acredita que as categorias profissionais podem defender seus interesses por todos os meios legítimos, desde que esgotada a via negocial e observada a legalidade.

Os trabalhadores rejeitaram em votação virtual realizada no fim de semana a proposta apresentada pelo TST. Entre os 5,7 mil votantes, 76,4% rejeitaram o oferecido pela mediação do tribunal.

A proposta apresentada ontem pelo vice-presidente do TST, ministro Aloysio Corrêa da Veiga, prevê reposição de 100% da inflação medida pelo Ùndice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), mais aumento real de 0,5%. Os percentuais incidem sobre os salários fixos e variáveis.

O presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas, Henrique Hacklaender, orientou aos tripulantes que compareçam amanhã aos aeroportos, mas que não façam decolagens entre as 6h e 8h.

Hacklaender destacou que além do ganho real sobre os salários, a categoria quer melhores condições de descanso. Os trabalhadores reivindicam pontos como a proibição de alteração dos dias de folga e o cumprimento dos limites já fixados do tempo em solo entre etapas de voos. “É óbvio que um tripulante cansado e mal remunerado pode representar um risco à aviação”, ressaltou o presidente do sindicato ao comunicar o resultado da votação da categoria.

Liminar

Na sexta-feira (16), a ministra do TST Maria Cristina Peduzzi determinou que deve ser garantido o mínimo de 90% de pilotos e comissários em serviço durante a greve. A decisão foi motivada por uma ação do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea).

Na decisão, a ministra negou o reconhecimento da abusividade da grave, mas determinou que deve ser mantido percentual mínimo de aeronautas em serviço.

Com informações da Agência Brasil.