Ações do Grupo Fleury caem após cia confirmar ataque cibernético em seus sistemas

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São Paulo – As ações do Grupo Fleury operam em queda nesta segunda-feira, após a companhia confirmar ter sido vítima de um ataque cibernético em seu ambiente de tecnologia da informação neste domingo (7/5). Na internet, os usuário relatavam problemas de atendimento por “falta de sistema” desde sexta-feira (5/5) no site “ReclameAqui” e nas redes sociais, e a companhia dizia que a indisponibilidade estava “dentro da normalidade operacional”. Por volta das 12h05 (horário de Brasília), o papel FLRY3 caía 0,88%, a R$15,67.

A empresa informou que acionou seus protocolos de segurança para conter os impactos nas operações. Além disso, afirmou que continuará investigando as circunstâncias do ataque.

“O Fleury comunica aos seus acionistas e ao mercado em geral, que confirmou na data de hoje, 7 de maio de 2023, às 19h:09min a ocorrência de um ataque cibernético em seu ambiente de tecnologia da informação”, diz o fato relevante enviado ontem à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

“Desde o momento inicial das indisponibilidades, a Companhia acionou seus protocolos de segurança e controle com o objetivo de minimizar os eventuais impactos em suas operações, contando com o apoio de empresas especializadas e de referência nessa área de atuação.”

“Estamos gradualmente normalizando nossas operações de forma controlada, com os devidos testes de segurança sendo executados, priorizando a integração automática de sistemas em hospitais em nossos ambientes, que vem ocorrendo de forma gradativa. As Unidades seguem atendendo nossos clientes com sistemas já restabelecidos.”

“A companhia mantém atualizações frequentes e adota tecnologias disponíveis para preservar um adequado nível de proteção ao seu ambiente tecnológico, tendo inclusive investido substancialmente nos últimos três anos em sua estrutura de tecnologia, de forma a prevenir e proteger a segurança da informação, o que foi essencial para minimizar os efeitos de tal ataque em suas operações.”

“Além disso, a Companhia continua a investigação e avaliação das circunstâncias do ataque e apuração da extensão do incidente, enquanto trabalha diligentemente para tomar todas as medidas necessárias para limitar os danos causados e reestabelecer o pleno funcionamento do ambiente de tecnologia.”

“A Companhia manterá seus acionistas e o mercado informados sobre eventuais fatos relacionados que devam ser divulgados.”

Em 2021, o grupo já havia sido alvo de um ataque de ransomware sequestro de dados pessoais que exige recompensa reivindicado pelo grupo hacker russo REvil.