São Paulo – A Lojas Americanas informou que estuda uma oportunidade de eventual reorganização societária com a Americanas S.A (antiga B2W), combinando no Brasil, as respectivas bases acionárias no Novo Mercado, segmento de maior nível de governança da B3 – Brasil, Bolsa, Balcão.
“A análise dessa oportunidade está, no momento, em andamento, em nível operacional, devendo o seu resultado, quanto à conveniência e viabilidade jurídica, ser submetido à administração das Companhias, para uma decisão que será, se for o caso, levada à oportuna manifestação dos acionistas, não havendo até o momento qualquer decisão a esse respeito, quer quanto à própria reorganização, quer quanto à estrutura jurídica que a mesma poderia tomar”, disse a Lojas Americanas em comunicado na Comissão de Valores Mobiliários.
As ações das Lojas Americanas dispararam logo após a abertura do Ibovespa refletindo a notícia de possível combinação das bases acionárias e seguem ampliando ganhos. Às 13h44 (horário de Brasília) os papéis da rede varejista (LAME4) registravam alta de 21,65%, a R$ 6,47. Já os papéis da Americanas (AMER3) subiam 4,77%, a R$ 39,24, nas maiores altas do Ibovespa.
ANÁLISE
Para o Bradesco BBI, a possível combinação pode melhorar a governança corporativa das empresas por ter apenas uma classe de ações no novo mercado, segundo avaliação dos analistas do Bradesco BBI. Além disso, o BBI aponta que a combinação pode simplificar a estrutura das empresas, já que a Lojas Americanas provavelmente será extinta como uma holding.
“Não há detalhes sobre como isso será feito ou quais as relações de troca de ações (para detentores de LAME recebendo AMER), mas dado que uma das principais motivações parece ser forte governança corporativa, ficaríamos surpresos em ver algo que seria ser visto como injusto”, disseram os analistas do BBI.
O BBI também reafirmou a classificação neutra para as ações das empresas, além de um preço-alvo de R$ 50 para a Americanas e de R$ 8 para a Lojas Americanas.
