Ação da BB Seguridade lidera Ibovespa após resultado acima das expectativas

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São Paulo – A ação da BB Seguridade lidera os ganhos do Ibovespa nesta segunda-feira, após divulgação de resultados do quarto trimestre acima das estimativas de analistas. Às 14h40 (horário de Brasília), a ação da seguradora tinha alta de 5,34%, a R$ 24,05.
A corretora Ativa Investimentos considerou que a companhia reportou um bom resultado trimestral, com números acima da nossa expectativa na Brasilseg e Brasilprev, destaques do trimestre. “O bom desempenho se deu tanto pelo crescimento nos prêmios emitidos na operação de seguros como também pela melhora no resultado financeiro da Brasilprev. De negativo, destaca-se o prejuízo na Brasilcap, devido a piora em seu resultado financeiro. A cia. também divulgou seu guidance para o ano de 2022, com números que consideramos positivos”, comentou o analista Leo Monteiro, em relatório.
O BTG Pactual disse que o lucro líquido de R$ 1,2 bilhão do quarto trimestre veio 3% e 11% acima de sua estimativa e do consenso, respectivamente, e melhores do que os dados indicados pela Susep até novembro, que sugeriam um bom desempenho em dezembro. Os analistas também destacaram as projeções anunciadas pela companhia para 2022, que apontam para um forte crescimento nos resultados futuros. “Nós estimamos que o ponto médio da nova projeção implica crescimento de lucros acima de 35%”, comentaram os analistas.
Segundo a análise, a previsão de alta de 12% a 17%, ante 5,3% realizado em 2021 em resultado operacional não decorrente de juros (ex-holdings) resulta em R$ 6,8 bilhões no ponto médio, 4% acima das estimativas do BTG. Já o guidance para prêmios emitidos pela Brasilseg (avanço de 10% a 15%) resulta em R$ 13,6 bilhões e fica 2% acima das projeções dos analistas, enquanto em reservas de previdência (PGBL e VGBL) da Brasilprev, um aumento de 9% a 13%, de 0,9% no ano passado, alcança R$ 330,2 bilhões, 1% acima dos seus cálculos.
“Acreditamos que o índice de payout deve aumentar este ano, passando de 73% para pelo menos 80-85%, potencialmente com espaço para mais por meio de dividendos extraordinários dependendo do desempenho da empresa”, escreveram os analistas Eduardo Rosman, Thiago Paura e Ricardo Buchpiguel, em relatório.