Reforço da vacina contra covid-19 da Johnson & Johnson gera mais anticorpos

291
Foto: Johnson & Johnson

São Paulo – A Johnson & Johnson anunciou que sua dose de reforço da vacina contra o coronavírus geraram um grande aumento nos anticorpos em um dos testes clínicos que a farmacêutica realizou nos últimos meses, comprovando a eficácia de doses a mais para a proteção dos imunizados, principalmente contra a variante Delta do vírus.

“Antecipando a necessidade potencial de reforços, a empresa conduziu dois estudos de Fase 1 e 2 em indivíduos previamente vacinados com sua vacina de injeção única. Novos dados provisórios desses estudos demonstram que uma dose de reforço da vacina contra covid-19 da Johnson & Johnson gerou um aumento rápido e robusto nos anticorpos, nove vezes maior do que 28 dias após a vacinação de dose única primária”, afirmou a empresa em comunicado.

De acordo com a farmacêutica, aumentos significativos nas respostas de anticorpos foram observados em participantes com idades entre 18 e 55 anos e naqueles com 65 anos ou mais que receberam uma dose de reforço mais baixa.

“Estabelecemos que uma única injeção de nossa vacina contra covid-19 gera respostas imunológicas fortes e robustas, duráveis por oito meses. Com esses novos dados, também vemos que uma dose de reforço da vacina da Johnson & Johnson aumenta ainda mais as respostas de anticorpos entre os participantes do estudo que já haviam recebido nossa vacina”, disse o chefe global do setor de pesquisa da Janssen.

“Estamos ansiosos para discutir com as autoridades de saúde pública uma estratégia potencial para nossa vacina com reforço de oito meses ou mais após a vacinação de dose única primária”, completou ele.

Segundo comunicado, a empresa está em contat com a Food and Drug Administration (FDA, correspondente à Anvisa no Brasil), o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC), a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) e outras autoridades de saúde em relação ao reforço com a vacina da Johnson & Johnson.

A dose de reforço vem sendo pesquisada por várias farmacêuticas, como a Pfizer e a Moderna, como forma de aumentar a resposta imunológica em meio ao avanço da variante Delta do coronavírus, considerada mais infecciosa que o original.