3R Petroleum reverte lucro e tem prejuízo no 3° trimestre

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São Paulo, SP – A 3R Petroleum divulgou ontem o balanço do terceiro trimestre de 2023, com prejuízo líquido de R$ 77,5 milhões, revertendo lucro líquido de R$ 469,8 milhões registrado no mesmo período do ano passado.

O ebitda (lucro antes de juros, impostos depreciação e amortização) ajustado do trimestre foi de R$ 828 milhões, alta de 330,1% na comparação anual, somando aproximadamente R$ 1,2 bilhão nos primeiros 9 meses do ano, valor superior a soma do Ebitda ajustado registrado nos últimos três anos. A margem ebitda recuou 3,2 pontos percentuais, para 35,1%,

A receita líquida totalizou R$ 2,360 bilhões, apresentando crescimento de 369,8%. Segundo a companhia, a receita líquida registrada no terceiro trimestre deste ano foi 29
vezes maior do que a receita do terceiro trimestre de 2020, trimestre que marcou a primeira divulgação de resultados da companhia após a abertura de capital, enquanto a receita líquida acumulada em 2023 já supera a soma das receitas líquidas dos anos de 2020, 2021 e 2022 em mais de R$ 1 bilhão.

Em base consolidada, o resultado financeiro líquido da companhia encerrou negativo em R$ 719,0 milhões, comparado a R$ 25,3 milhões positivos no trimestre anterior. A 3R registrou Capex de R$ 416,4 milhões ou US$ 85,3 milhões no terceiro trimestre de 2023, crescimento de 6,5x (546,4%) A/A e +99,4% T/T em dólar americano. O caixa líquido gerado pelas atividades operacionais acelerou e somou R$ 451,8 milhões, +111,8% T/T, ou US$ 90,2 milhões, +103,8% T/T, já considerando o recebimento de R$ 6,6 milhões referentes ao ajuste de contratos de hedge.

A companhia encerrou o terceiro trimestre com posição de caixa e equivalentes, acrescido de aplicações financeiras e saldo de conta reserva, de R$ 3.538,5 milhões, +3,9% T/T,
ou US$ 706,6 milhões, estável T/T em dólar americano. A dívida líquida ficou em R$ 5,017,9 bilhões, alta 6% na comparação com o segundo trimestre de 2023 T/T, ou US$ 1.002,1 milhões, +2,0%. A alavancagem (dívida líquida consolidada dividida pelo Ebitda proforma ajustado) ficou em 2,6x, patamar controlado dentro do parâmetro máximo de 3,5x estabelecido nos contratos para o ano de 2023.

A produção média atingiu 42.736 barris de óleo equivalente por dia (boe/d), expressivo incremento de 186,7% em termos anuais (A/A) e de 50,6% em relação ao trimestre anterior (T/T). Importante destacar que a média calculada contempla: (i) a participação da 3R em cada um dos nove ativos em seu portfólio, e (ii) desconsidera o volume de gás produzido, mas não comercializado, nos Polos Areia Branca, Fazenda Belém e Papa Terra.

A produção média diária de óleo alcançou 33.813 barris (bbl/d), aumento de 279,0% A/A e 70,2% T/T, representando 79,1% da produção média trimestral. A companhia tem a expectativa de que a proporção de óleo na produção total siga incrementando, de forma gradual, nos próximos trimestres.

A produção média diária de gás atingiu patamar de 8.923 boe (1.419 mil m3), crescimento de 49,2% A/A e 4,9% T/T, o que corresponde a 20,9% da produção média do período.

A companhia realizou a venda de 3.466 mil barris de óleo (bbl) a um preço médio de US$ 80,7/bbl, já considerando descontos e demais ajustes previstos nos contratos. Em relação ao gás natural, a Companhia vendeu 4,0 milhões de MMBTU, a um preço médio de US$
7,8/MMBTU7. No total, a venda de óleo e gás natural somou 4.142 mil barris de óleo equivalente.

O custo dos produtos vendidos (CPV) somou R$ 1,624 bilhão, +497,7% A/A e +171,6% T/T. As despesas gerais e administrativas (G&A) somaram R$ 123,1 milhões, +33,8% A/A e +1,9% T/T.