Via Varejo diz que Saul Klein, acusado de estupro, não tem vínculo com a companhia

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São Paulo – A Via Varejo afirmou o que o filho do fundador da Casas Bahia, Saul Klein, “não possuiu qualquer vínculo ou relacionamento com a companhia”. A rede varejista ainda ressaltou, em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que é uma corporação sem acionista controlador ou bloco de controle definido.

A afirmação vem após uma reportagem da coluna da jornalista Mônica Bergamo, do jornal “Folha de São Paulo”, afirmar que Klein entregou o passaporte à Justiça e está proibido de ter contato com 14 mulheres que o acusam de aliciá-las e estuprá-las em festas que reuniam dezenas de garotas em sua casa em Alphaville, desde 2008.

Segundo a reportagem, as duas medidas são precauções solicitadas pelo Ministério Público de São Paulo para o andamento da investigação das denúncias, que estão mantidas em segredo de Justiça em um inquérito policial aberto na Delegacia de Defesa da Mulher de Barueri. Em julho, a polícia arquivou outro inquérito com alegações semelhantes e que apurava a suposta exploração sexual de uma menor de idade por Klein.

A defesa do empresário diz que o seu cliente é um “sugar daddy”, termo que descreve homens que têm fetiche em sustentar financeiramente mulheres jovens em troca de afeto e sexo, mas alega que ele jamais cometeu os crimes apontados pelas alegadas vítimas.
De acordo com o jornal, Saul Klein, filho de Samuel Klein (1923-2014), fundador das Casas Bahia, atualmente disputa a herança do pai na Justiça com o seu irmão mais velho Michel Klein, para quem Saul vendeu a sua parte societária na rede varejista em 2010 pelo valor estimado de R$ 1,5 bilhão.