Vendas no varejo sobem 0,1% em out e fica dentro do esperado

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Por Olívia Bulla

São Paulo – As vendas do comércio varejista restrito, que excluem veículos e material de construção, subiram pelo sexto mês seguido, em +0,1% em outubro em relação a setembro, acumulando ganhos de 2,7% no período, conforme dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado ficou em linha com a previsão, de +0,1%, conforme mediana calculada pelo Termômetro CMA.

Já na comparação com outubro de 2018, as vendas no varejo registraram o sétimo resultado positivo consecutivo e subiram 4,2%, ante previsão de alta de 3,70%. Até outubro, o varejo restrito acumula altas de 1,6% no ano e de 1,8% nos últimos 12 meses nas vendas.

Na avaliação da gerente da pesquisa do IBGE, Isabella Nunes, o varejo está encerrando 2019 melhor do que iniciou. “Isso por causa do quadro conjuntural mais favorável ao consumo, com uma melhora no mercado de trabalho, apesar de predominar a informalidade, e na massa de rendimentos. A liberação do FGTS e a inflação controlada também impulsionaram as vendas. Além disso, houve um aumento na concessão de crédito para pessoa física, o que estimula a aquisição de bens duráveis”, afirma.

Segundo o IBGE, na passagem de setembro para outubro, houve alta em seis das oito atividades pesquisadas, com destaque para equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (+5,3%); e combustíveis e lubrificantes (+1,7%). Na outra ponta, o segmento de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo oscilou em baixa, de -0,1%.

Já na comparação com outubro de 2018, houve taxa positiva em sete das oito atividades pesquisadas, com destaque em hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (+2,6%). Por outro lado, o segmento de livros, jornais, revistas e papelaria (-13,3%) foi o único a registrar queda, nessa base de comparação.

Segundo Isabella, do IBGE, outubro teve o melhor resultado dos últimos seis anos na comparação anual. “Normalmente, os consumidores postergam uma compra que poderia ser feita em outubro para novembro por causa da Black Friday”, observa.