Vendas no varejo caem o dobro do esperado em janeiro

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Foto divulgação: Sebrae

São Paulo – As vendas do comércio varejista restrito, que excluem veículos e material de construção, iniciaram 2020 em queda, de -1,0% em relação a dezembro, conforme dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Trata-se do segundo resultado mensal negativo consecutivo e o pior desempenho para meses de janeiro desde 2016, quando o setor caiu 2,6%.

A queda mensal é duas vezes maior que a previsão, de -0,5%, conforme mediana calculada pelo Termômetro CMA. Já na comparação com janeiro de 2019, as vendas no varejo registraram o décimo resultado positivo consecutivo e subiram 1,3%, porém menos que a previsão, de alta de 2,8%. Até janeiro, as vendas do varejo restrito acumulam alta de 1,8% nos últimos 12 meses.

Em relação ao comércio varejista ampliado, que incluem veículos e material de construção, as vendas subiram 0,6% em relação a dezembro e avançaram 3,5% no confronto com um ano antes, também na décima taxa positiva consecutiva, segundo dados do IBGE. Em base mensal, as vendas no segmento de material de construção oscilaram em baixa de 0,1%, enquanto o segmento de veículos, motos, partes e peças avançou 8,5%. Já na comparação com um ano antes, o segmento ligado à reformas e construção teve alta de 2,5%, enquanto o ligado aos automóveis saltou 10,2%.

Já em relação ao varejo restrito, houve uma disseminação de taxas negativas em base mensal, com queda em cinco das oito atividade pesquisadas. Os destaques foram: móveis e eletrodomésticos (-1,9%); equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-1,6%); combustíveis e lubrificantes (-1,4%) e hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-1,2%).

Na outra ponta, ainda em base mensal, destaque para a alta em tecidos, vestuário e calçados (+1,3%). Já na comparação com janeiro de 2019, houve predominância de taxas positivas, também alcançando cinco das oito atividades pesquisadas. Os destaques foram móveis e eletrodomésticos (+11,0%), do lado das altas, e hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-2,8%), entre as baixas.

Olívia Bulla / Agência CMA