Inda registra venda de 288 mil toneladas de aços planos em dezembro

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São Paulo – As vendas de aços planos subiram 13,8% em dezembro em relação ao mesmo período de 2019, ficando em 288,0 mil toneladas, segundo dados do Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda). Na comparação mensal, houve queda de 15,2%, quando foram vendidas 339,4 mil toneladas.

No mês passado, as compras de aços planos cresceram 14,4%, em base de comparação anual, para 333,2 mil toneladas. Com relação a novembro, em que foram compradas 291,5 mil toneladas, as aquisições aumentaram 14,3%.

Em dezembro, os estoques subiram 7,2% ante novembro, com 675,7 mil toneladas. O giro de estoque fechou em alta com 2,3 meses.

As importações aumentaram 71,6% em relação a dezembro de 2019, com volume de 92,2 mil toneladas. Ante o mês anterior, houve recuo de 7,1% nos embarques.

Em 2020, o crescimento das vendas foi de 6,6% em base de comparação anual, para 3,6 milhões de toneladas. As compras de aços planos tiveram alta de 9,1% em relação a janeiro e dezembro de 2019, para 3,5 milhões de toneladas. Já as importações totalizaram 931,8 mil toneladas, um recuo de 14,6% de janeiro a dezembro de 2020, em relação ao total importado em 2019.

PROJEÇÕES PARA 2021

Para janeiro de 2021, a expectativa do Inda é de crescer 10% em relação a dezembro, que tanto em compra quanto em venda de aços planos. E para o ano, de crescer 10% em vendas.

“A expectativa de crescimento divulgada pelo IABr [para 2021] é de 5%, nós acreditamos que o crescimento do Brasil será maior que 5%, por isso, nossa expectativa é de crescer 10%”, disse o o presidente executivo do Inda, Carlos Jorge Loureiro, referindo-se à projeção de crescimento para o ano.

Na avaliação do executivo, no final do primeiro trimestre, o mercado deve estar mais equilibrado em estoques.

“Em preços, acho difícil manter no nível atual o ano todo. O prêmio está em 5%, isso não estimula as importações. Pode ser que tenha mais aumentos, mas acho difícil que tenha a enxurrada de aumentos que houve nos últimos meses.”

Segundo Loureiro, as usinas estão lotadas, com pedidos até abril, com forte demanda de construção civil, máquinas e setor automotivo.

“A saída da Ford não deve impactar o consumo de aço, os clientes vão procurar carros de outras marcas.”

Em relação à mudança de governo nos Estados Unidos, o executivo disse que, caso as cotas nas vendas para o país sejam retiradas, isso pode estimular as vendas para este mercado, mas impactará os preços no mercado internacional.

“Se tirar a cota, haverá queda de preços no mercado interno norte-americano e os fabricantes estão pedindo ao novo governo que mantenha essa política.”