Vamos esperar antes de reagir a repique da covid-19, diz Guedes

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O ministro da Economia, Paulo Guedes, faz palestra de encerramento do Seminário de Abertura do Legislativo de 2020. (Foto: Wilson Dias/Agência Brasil)

São Paulo- Embora haja um repique de casos da covid-19 em andamento, o governo deve esperar um pouco antes de reagir para conter eventuais prejuízos econômicos em decorrência da pandemia, afirmou o ministro da Economia, Paulo Guedes, durante evento promovido pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan).

“O fato é que a doença cedeu substancialmente e as pessoas – até porque a doença cedeu – saíram mais, interagiram mais, se descuidaram um pouco. Mas ao mesmo tempo tem características sazonais. Estamos entrando na primavera, verão, e vamos observar um pouco. Nós que não somos especialistas. Começaram a decretar que tem que trancar de novo. Não vou opinar na área de saúde. A doença cedeu substancialmente e a economia se recuperou extraordinariamente bem”, disse ele.

Guedes reiterou que, se a covid-19 voltar a níveis capazes de prejudicar a economia, o governo federal adotará medidas para conter estes efeitos negativos, mas disse que a decisão será baseada em evidências científicas.

“Se tiver covid agiremos da mesma forma. Já conhecemos o caminho, os programas que funcionam melhor, os que não funcionaram. Mas só com evidência empírica, só com base científica. As narrativas falam tanto das ciências biológicas. As ciências econômicas também são respeitáveis”, afirmou.

“A doença retrocedeu empiricamente? Sim. Mas por uma ou duas semanas ela subiu? Sim. Agora, isso quer dizer que a segunda onda chegou? Não”, acrescentou o ministro.

Os programas de ajuda financeira adotados pelo governo federal para conter os prejuízos causados pela covid-19 – inclusive o auxílio emergencial terminam em 31 de dezembro.