Vale prevê produção de minério entre 340 a 355 mi toneladas em 2020

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Por Leandro Tavares

São Paulo – A Vale atualizou projeções e estimativas financeiras e operacionais para os próximos anos, prevendo investimento total de US$ 5 bilhões em 2020 e 2021, sendo R$ 4,1 bilhões em investimento corrente e US$ 900 milhões em execução de projetos.

Para a produção de minério de ferro, a estimativa é ficar entre 340 a 355 milhões por toneladas em 2020, 375 a 395 milhões de toneladas em 2021 e 390 a 400 milhões por toneladas para os anos de 2022 e 2023. Para a produção de cobre, a mineradora prevê 400 mil toneladas em 2020, 430 mil toneladas em 2021, 460 mil toneladas em 2022 e 480 mil toneladas em 2023.

No caso do níquel, a expectativa é 240 mil toneladas após melhorias nas operações do Atlântico Norte e retomada do segundo forno de Onça Puma.
Existe a possibilidade de alcançar 360 mil toneladas em caso de expansão de 10 mil toneladas em Sorowako e 110 mil toneladas dos projetos Bahodopi e Pomalaa, considerando 100% de participação em PTVI e parceiros de Bahodopi e Pomalaa.

A estimativa do custo caixa unitário para minério de ferro em C1 é de US$ 15 por toneladas em 2019, podendo variar entre US$ 13 a US$ 13,5 por toneladas em 2024. O custo de frete marítimo unitário deve ficar em US$ 18 por toneladas em 2019 e US$ 16,3 por toneladas em 2024.

Em relação à Brumadinho, a companhia atualizou as projeções de desembolsos prevendo um total entre US$ 1,650 a US$ 1,850 bilhão para 2019 entre provisões e despesas incorridas. Para 2020, o desembolso deve ser entre US$ 1,5 a US$ 2 bilhões entre provisões e despesas incorridas, enquanto para 2021 a expectativa é desprover entre US$ 1,4 a 1,9 bilhão e 2022 deve ser entre US$ 750 a R$ 1,20 bilhão.

O fluxo de caixa livre de 2022, por sua vez, deve ficar na faixa entre US$ 7 a US$ 14 bilhões, dependendo da média anual no preço do minério de ferro variando entre US$ 65 a US$ 85 por toneladas, a média anual no preço do níquel entre US$ 15 a US$ 20 mil por tonelada, a taxa de câmbio média de R$ 4,00 para o período de 2022, cerca de US$ 700 milhões de gold stream em 2022.

Já o fluxo de caixa livre acumulado de 2020 a 2022 deve passar de US$ 17 bilhões para US$ 36 bilhões, dependendo da média anual no preço do minério de ferro, da média anual do preço do níquel, taxa de câmbio média de R$ 3,92 em 2019 e de R$ 4,00 entre 2020 e 2022; incluindo US$ 6 bilhões de excedente de caixa em 2019 e o recebimento da conclusão do gold stream em 2022.

Em comunicado, a empresa explicou que as estimativas de fluxo de caixa não consideram dividendos, buybacks e aquisições bolt-on.

Para o ebitda, a mineradora prevê variando entre US$ 15,5 a US$ 23,5 bilhões de 2022, dependendo também da média anual do preço do minério, do preço do níquel e da taxa de câmbio média de R$ 4. No caso do ebitda breakeven, a Vale estima em US$ 37 por toneladas em 2019 e com o potencial de variar entre US$ 28 a US$ 30 por toneladas nos próximos anos.

Em relação à redução de redutores de caixa, a empresa tem a expectativa de US$ 1 bilhão para Moçambique e VNC em 2019, US$ 900 com despesas de parada, US$ 400 milhões com a Samarco, US$ 200 milhões com a MBR e US$ 300 milhões com outros. Em 2022, essa redução será de US$ 160 milhões apenas para a Samarco.

Por fim, na meta de sustentabilidade, a Vale prevê para 2030 100% de autoprodução de energia limpa, recuperar e proteger 500.000 hectares de área degradada e reduzir emissões de gás de efeito estufa em linha com o Acordo de Paris e se tornar carbono neutro até 2050.