Vale inicia operação de caminhões autônomos no Complexo de Carajás

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São Paulo – A Vale iniciou a operação de seis caminhões fora de estrada autônomos no Complexo de Carajás, no Pará. Até o final do ano serão dez veículos operando no local.
Segundo a empresa, a inciativa faz parte de um conjunto de ações voltadas para ampliar a segurança dos empregados, tornar a operação mais ambientalmente sustentável e obter ganhos de competitividade. A implantação está sendo acompanhada de um plano de recursos humanos para capacitar os empregados a trabalhar com as novas tecnologias digitais.
Os caminhões autônomos com capacidade para transportar 320 toneladas estavam em teste em uma área isolada de Carajás desde 2019. Nesta semana eles iniciaram a fase final de testes na mina N4E e ontem (1) entraram oficialmente em produção. Além dos caminhões, já estão em operação no Complexo de Carajás quatro perfuratrizes autônomas. Mais três perfuratrizes começarão a operar até o final do ano.
A operação autônoma começou a ser implantada pela Vale na mina de Brucutu, em Minas Gerais, em 2016, e hoje abrange todos os 13 caminhões fora de estrada dessa unidade.
Os caminhões autônomos são controlados por sistemas de computador, GPS, radares e inteligência artificial, percorrendo a rota entre a frente de lavra e a área de descarga. Ao detectar riscos, os equipamentos paralisam suas operações até que o caminho volte a ser liberado.
Os sensores do sistema de segurança são capazes de detectar tanto objetos de maior porte, como grandes rochas e outros caminhões, até seres humanos que estejam nas imediações da via. Com isso, situações de risco, como tombamento e colisão, foram eliminadas.
REDUÇÃO DE CO2
A Vale explica que a operação autônoma permitirá uma redução de cerca de 5% no consumo de combustível, o que resulta em volume mais baixo de emissões de CO2 e particulados. Com base em dados do mercado, espera-se um aumento da vida útil dos equipamentos na ordem de 7%, o que reduz a geração de resíduos como peças e lubrificantes, e um desgaste 25% menor dos pneus, o que também levará a uma menor geração de resíduos desse item.
O projeto prevê ainda um aumento da competitividade da operação da Vale. Haverá maior eficácia, que resultará em maior produtividade horária. Os custos de manutenção devem cair 3%.
INVESTIMENTO
O programa de autônomos da Vale terá um investimento total de cerca de US$ 34 milhões neste ano. Até dezembro estarão em operação em toda a empresa 23 caminhões, 21 perfuratrizes e quatro pátios (empilhadeiras e recuperadoras) em Pará, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Maranhão. No exterior, a operação autônoma também é realidade no Canadá, com perfuratrizes e carregadeiras para minas subterrâneas, e na Malásia, com máquinas de pátio.