Vacina da Pfizer e BioNTech contra covid-19 tem eficácia por pelo menos seis meses

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Foto: Pfizer

São Paulo — O ensaio clínico de Fase 3 em andamento da vacina contra o coronavírus da Pfizer em conjunto com a BioNTech confirmou que sua proteção dura pelo menos seis meses após a segunda dose do imunizante.

“Pfizer e BioNTech anunciaram hoje resultados de linha superior atualizados da análise de 927 casos sintomáticos confirmados de covid-19 observados em seu estudo principal de Fase 3 até 13 de março de 2021, mostrando que a vacina da Pfizer-BioNTech, BNT162b2, foi 91,3% eficaz contra covid-19, medida de sete dias a até seis meses após a segunda dose”, afirmam as empresas em anúncio conjunto.

A questão de quanto tempo dura a proteção da vacina só pode ser respondida quando o tempo suficiente tiver passado, por isso a cada atualização as farmacêuticas postam novos resultados. O estudo continua e atualizações futuras podem revelar mais sobre por quanto tempo e quão forte é essa proteção.

As empresas também afirmam que a vacina parece ser totalmente eficaz contra a preocupante variante B.1.351 do vírus, a cepa dominante que circula na África do Sul e que os pesquisadores temiam ter evoluído para escapar da proteção das vacinas.

“A vacina foi 100% eficaz contra doenças graves, conforme definido pelos Centros para Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos, e 95,3% eficaz contra a covid-19 grave, conforme definido pela Food and Drug Administration (FDA) dos Estados Unidos”, afirma o comunicado.

Na quarta-feira, as empresas disseram que um pequeno ensaio com voluntários de 12 a 15 anos mostrou 100% de eficácia nessa faixa etária.

“Esses dados confirmam a eficácia favorável e o perfil de segurança de nossa vacina e nos posicionam para enviar um pedido de licença biológica (BLA) ao FDA dos Estados Unidos”, disse Albert Bourla, presidente e diretor executivo da Pfizer.. Um BLA é um pedido de aprovação total. A vacina atualmente tem autorização de uso emergencial nos Estados Unidos.

“A alta eficácia da vacina observada em até seis meses após uma segunda dose e contra a variante prevalente na África do Sul fornece mais confiança na eficácia geral da nossa vacina”.

A empresa tem estudado a vacina em mais de 46 mil voluntários e observou 927 casos de covid-19 confirmados.

“Dos 927 casos sintomáticos confirmados de COVID-19 no estudo, 850 casos de COVID-19 estavam no grupo do placebo e 77 casos no grupo do BNT162b2, correspondendo a uma eficácia da vacina de 91,3%”, disseram as farmacêuticas.