União Europeia vai proibir 90% das importações do petróleo da Rússia

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A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen / Foto : União Europeia

Os líderes da União Europeia, em reunião nesta noite, chegaram a um acordo sobre o banimento ao petróleo russo, que faz parte do sexto pacote de sanções à Rússia.

“Graças a isto, o Conselho deverá agora poder finalizar a proibição de quase 90% de todas as importações de petróleo russo até ao final do ano. Este é um importante passo em frente. Voltaremos em breve à questão dos 10% restantes do petróleo oleoduto”, disse a presidente Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, na conferência de abertura da reunião.

Além do banimento do petróleo, os líderes decidiram que o maior banco da Rússia, o Sberbank, será desligado do Swift (sistema de segurança bancária global, da sigla em inglês). “O Sberbank é o maior banco russo, com 37% do setor bancário do país. Portanto, é bom que agora desfaçamos o Swift do Sberbank”.

Entre as imposições das sanções, estão a proibição do seguro e resseguro dos navios russos por empresas da União Europeia. Além disso, foram suspensas as transmissões de sinais de TV de três veículos estatais russos, “que normalmente espalhavam amplamente a desinformação que testemunhamos nas últimas semanas e meses”, afirma von der Leyen.

Os líderes discutiram também a situação da Ucrânia. Um dos tópicos apresentados foi o apoio financeiro que o país precisa. Foi divulgado que a Ucrânia precisaria de 5 bilhões de euros por dia para manter os serviços básicos do país, além do pagamento de salários e pensões. “Mas achamos que, claro, a União Europeia também tem de fazer a sua parte. Portanto, estamos trabalhando em um mecanismo para ter um pacote extraordinário de assistência macrofinanceira de 9 bilhões de euros”, que será colocado em prática a partir da próxima semana, informou a presidente.

Von der Leyen falou da reconstrução da Ucrânia. A comissão está planejando criar uma plataforma na qual organizações e iniciativas internacionais, como o G20, FMI e Banco Mundial, entre outros, possam colaborar. “É importante que estejamos realmente juntos para dar à Ucrânia uma chance justa de renascer das cinzas e ser capaz de realmente avançar na reconstrução no investimento, mas também na melhoria do estado da Ucrânia”, conclui.