Trump se vangloria de morte de general iraniano em comício em Ohio

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Por Cristiana Euclydes

São Paulo – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, vangloriou-se da morte do líder de uma ala da Guarda Revolucionária do Irã, Qassem Soleimani, ao retomar sua campanha eleitoral e realizar seu primeiro comício do ano, em Ohio.

“Na semana passada, mais uma vez, os Estados Unidos tomaram a decisão corajosa e determinante de salvar vidas norte-americanas e entregar a Justiça norte-americana”, disse Trump, diante de uma multidão de apoiadores. Um ataque aéreo ordenado por ele matou Soleimani na sexta-feira passada, em Bagdá.

Trump disse que Soleimani planejou e executou a morte de muitos norte-americanos. “Como líder das forças terroristas Quds, Soleimani espalhou morte, destruição e caos pelo Oriente Médio e muito além”, afirmou, acusando-o de ordenar a invasão da embaixada dos Estados Unidos em Bagdá no dia 31 de dezembro.

“Soleimani estava planejando ativamente novos ataques e estava olhando seriamente para as nossas embaixadas, e não apenas na embaixada em Bagdá. Mas nós o paramos, e o paramos rapidamente, e o paramos friamente”, disse o presidente.

“E agora eu vi que a esquerda radical democrata expressou indignação sobre a morte de um terrorista horrível. Ao invés disso, eles deveriam estar indignados com os crimes que ele cometeu”, disse Trump.

Horas antes, a Câmara dos Deputados, de maioria democrata, aprovou uma resolução limitando os poderes de Trump para atacar o Irã. Sob a medida, Trump pode usar forças armadas contra o Irã apenas se o Congresso declarar guerra, conceder uma autorização específica ou se “necessário e apropriado para se defender contra um ataque armado iminente aos Estados Unidos”.