Trump retira sanções sobre Turquia após país encerrar combate com Síria

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por Júlio Viana

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que a Turquia se comprometeu a cessar os combates com a Síria logo após o cessar-fogo de cinco dias acordado entre norte-americanos e turcos. Em consequência, Trump informou que todas as sanções aplicadas sobre a Turquia foram retiradas.

“O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, me informou que os combates na região da Síria irão terminar e o cessar-fogo agora será permanente”, anunciou Trump em comunicado à imprensa.

“Isso é consequência das nossas negociações para criar um cessar-fogo de cinco dias, o que permitiu aos curdos retirarem suas forças da chamada zona segura da Turquia”, afirmou ele, referindo-se à faixa que se estende por 30 quilômetros além da fronteira turca junto à Síria.

“Por isso, pedi ao secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, que retirasse todas as sanções impostas à Turquia”, disse o presidente. Segundo ele, porém, caso os turcos não cumpram com sua promessa de paz e com seus compromissos de proteger minorias religiosas em seu país além de guardar os prisioneiros do Estado Islâmico antes detidos pelos curdos, as punições voltarão à ativa.

“Os curdos me garantiram que os prisioneiros do ISIS estão protegidos. Alguns escaparam, mas foram poucos”, informou Trump. “Agora é responsabilidade da Turquia e das outras nações da região não deixarem que o Estado Islâmico retome território. E é responsabilidade dos países europeus trazer de volta os prisioneiros europeus e aplicarem julgamento adequado a eles”, anunciou ele.

O presidente também afirmou que nenhum soldado norte-americano foi ferido durante as operações de cessar-fogo. “Protegemos o petróleo da região e agora saímos”, afirmou Trump.

“Gastamos US$ 8 trilhões com guerras no Oriente Médio”, disse ele. “Mas agora, deixem que outros briguem por essas areias manchadas de sangue”.

“O exército norte-americano não deve servir de polícia para o mundo. Deixe que outras nações façam sua parte agora”, concluiu Trump.