Trump mostra apoio à oferta da Oracle por operações de TikTok no país

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O ex-presidente norte-americano, Donald Trump, em pronunciamento nos jardins da Casa Branca / (Foto: Divulgação/ Casa Branca)

São Paulo – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, demostrou ser apoio à oferta da Oracle pela compra das operações do aplicativo chinês de videos TikTok no país. O governo norte-americano acusa a empresa com sede em Pequim de ameaçar a segurança nacional.

“Bem eu acho que a Oracle é uma grande empresa e acho que seu dono é um cara formidável, uma pessoa formidável. Eu acho que que a Oracle seria certamente alguém que poderia lidar com isso. Sim. Eu dei a eles até 15 de setembro”, disse Trump, ontem, em coletiva de imprensa.

“Acho que a Microsoft quer isso e a Oracle também, e provavelmente outras pessoas também, mas eles também precisam garantir que os Estados Unidos sejam bem recompensados, porque somos nós que tornamos isso possível. Muito simples:
somos nós que tornamos isso possível. Então nosso Tesouro tem que ser muito
bem remunerado”, acrescentou.

Ontem, o “Financial Times” reportou que a Oracle está “considerando seriamente” comprar o aplicativo da ByteDance, a controladora da TikTok, e que a empresa norte-americana está trabalhando com um grupo de investidores que já possuem uma participação na ByteDance, incluindo Sequoia Capital e General Atlantic.

O fundador da Oracle, Larry Ellison, é apoiador de Trump, e organizou um evento de arrecadação de fundos para ele em fevereiro.

No início de agosto, a Microsoft confirmou que está em discussões para comprar as operações da TikTok no país, além de Canadá, Austrália e Nova Zelândia, em um acordo estimado em entre US$ 10 bilhões e US$ 30 bilhões. Também houve relatos sobre uma possível combinação da TikTok com o Twitter.

Trump assinou, na sexta-feira passada, um decreto dando o prazo de 90 dias para que a ByteDance se desfaça das operações no país, afirmando haver “evidência credível” de que a empresa chinesa “pode tomar medidas que ameacem prejudicar a segurança nacional dos Estados Unidos”.

O decreto anterior, assinada em 6 de agosto, impedia que empresas norte-americana fizessem transações com o aplicativo de vídeos chinês TikTok em 45 dias, caso não houvesse um acordo de compra das operações por uma empresa dos Estados Unidos.