Presidente dos EUA defende desacoplamento de economia do país e China

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São Paulo – O presidente norte-americano, Donald Trump, defendeu o desacoplamento da economia dos Estados Unidos e da China, afirmando que seu país não perderia dinheiro se parasse de fazer negócios com a nação asiática, na medida em que as eleições presidenciais se aproximam.

“Quando você menciona a palavra ‘desacoplar’, é uma palavra interessante”, disse Trump, em coletiva de imprensa na Casa Branca ontem à noite.

“Perdemos bilhões de dólares e, se não fizéssemos negócios com eles, não perderíamos bilhões de dólares. É chamado de ‘desacoplamento’. Então você vai começar a pensar sobre isso. Você vai começar a pensar”, acrescentou o presidente.

A disputa comercial com a China é um tema recorrente na campanha de Trump
à reeleição. Na coletiva de imprensa, Trump fez diversas críticas ao candidato democrata à presidência, Joe Biden, acusando-o de não ser duro o suficiente com Pequim.

“Se Biden vencer, a China vencerá, porque a China será dona deste país”, disse. Biden está à frente de Trump na maioria das pesquisas de intenções de voto no país. As eleições presidenciais serão no dia 3 de novembro.

“Sob minha administração, faremos dos Estados Unidos a superpotência manufatureira do mundo e acabaremos com nossa dependência da China de uma vez por todas. Seja o desacoplamento ou a imposição de tarifas massivas como já estou fazendo, vamos acabar com nossa dependência da China porque não podemos contar com ela”.

Trump também prometeu gerar mais empregos nos Estados Unidos. “Vamos criar créditos fiscais ‘Fabricados nos Estados Unidos’ (Made in America) e trazer nossos empregos da China para os Estados Unidos. E vamos impor tarifas às empresas que abandonam os Estados Unidos para criar empregos na China e em outros países”, disse.

“Proibiremos contratos federais de empresas que terceirizam para a China. E responsabilizaremos a China por permitir que o vírus se espalhe pelo mundo”,
concluiu.