Trump assina ordem executiva banindo oito aplicativos chineses dos EUA

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O ex-presidente norte-americano, Donald Trump. Foto: Divulgação/ Casa Branca

São Paulo — O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou uma ordem executiva ontem à noite proibindo transações com oito aplicativos chineses, incluindo a plataforma de pagamento Alipay, de propriedade do bilionário chinês Jack Ma, e aplicativos da gigante chinesa de tecnologia Tencent Holdings Ltd.

Trump disse que os aplicativos podem acessar informações privadas de seus usuários. Segundo ele, “esta coleta de dados ameaça fornecer ao Governo da República Popular da China (RPC) e ao Partido Comunista Chinês (PCC) acesso às informações pessoais e proprietárias dos norte-americanos – o que permitiria à China rastrear a localização de funcionários federais e contratados, e construir dossiês de informações pessoais”.

O pedido entra em vigor em 45 dias – após Trump deixar o cargo.

De acordo com a ordem, estão proibidas transações futuras, envolvendo os seguintes aplicativos de software conectados da China: Alipay, CamScanner, QQ Wallet, SHAREit, Tencent QQ, VMate, WeChat Pay e WPS Office.

Alipay, um aplicativo de pagamento com mais de 1 bilhão de usuários, é de propriedade do Ant Group, o gigante chinês de tecnologia financeira controlada por Jack Ma.

A nova medida ocorre depois que o governo Trump emitiu duas ordens executivas em agosto com o objetivo de impor novos limites aos aplicativos de mídia social chineses TikTok e WeChat, citando preocupações com a segurança nacional. Ambas as ordens enfrentaram desafios legais.

Na épocas, as empresas norte-americanas que fazem negócios com a China – incluindo Apple, Ford Motor, Walmart e Walt Disney – haviam se manifestado contra a decisão de proibir o aplicativo multifuncional WeChat da Tencent, dizendo que ele era vital para a condução negócios lá. As empresas podem levantar preocupações semelhantes sobre o novo pedido.