Trump assina lei que autoriza sanções à China por interferência em Hong Kong

885

São Paulo – O presidente norte-americano, Donald Trump, assinou uma lei bipartidária que determina sanções às autoridades chinesas que violam os direitos dos residentes de Hong Kong à liberdade de expressão e à manifestação pacífica, bem como aos bancos que fazem negócios com essas autoridades.

Falando nos jardins da Casa Branca, Trump também disse que assinou um decreto que encerra o tratamento preferencial dados pelos Estados Unidos à Hong Kong.

“Agora Hong Kong será tratada como a China. Não quero prejudicar Hong Kong, pelo contrário, quero ajudar a ser livre, mas não há como seguir favorecendo Hong Kong no comércio diante das últimas decisões da China”, disse Trump.

“Acredito que depois de nossas ações, incluindo as sanções, muitas pessoas vão abandonar Hong Kong, o que é um prejuízo para a China. Hong Kong é um centro importante de negócios”, acrescentou.

O projeto das sanções foi aprovado tanto pelo Senado como pela Câmara dos Deputados dos Estados Unidos por unanimidade, em um momento no qual a China impõe uma nova lei de segurança nacional que dá a Pequim mais controle sobre Hong Kong.

Os Estados Unidos, o Reino Unido e outros países ocidentais criticaram a medida por violar o alto grau de autonomia prometido a Hong Kong quando a Inglaterra devolveu sua antiga colônia ao domínio chinês, em 1997.

A legislação autoriza sanções a pessoas ou entidades que contribuam materialmente para a erosão da autonomia de Hong Kong.