Todo imposto sobre movimentação financeira tem impacto, diz Campos Neto

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O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, durante cerimônia de transmissão de cargo.

Por Priscilla Oliveira

Brasília, 19 de dezembro de 2019 – Todo imposto sobre intermediação financeira tem impacto, segundo o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Ele afirmou no entanto, que ainda é preciso entender qual é o tributo considerado pelo governo para poder saber que tipo de reflexos que terá.

“Existe um entendimento de que precisa ser feita troca entre contribuição patronal e impostos que incidem sobre mercado de trabalho, mas o banco central não comenta sobre esses temas fiscais”, disse.

Ontem, o ministro da Economia, Paulo Guedes, mencionou em coletiva que o governo estudava criar um imposto sobre transações para poder fazer a ampla desoneração da folha de pagamento das empresas.

Questionado sobre os juros, Campos Neto afirmou que não tem relação com a situação política do país. Ele disse ainda que o projeto de autonomia do banco central, atualmente em tramitação no Congresso, deve ser votado no começo de 2020.

“Existia um entendimento de que a autonomia poderia ser votada no fim do ano, mas a agenda legislativa está bastante carregada. É difícil votar temas importantes ao mesmo tempo e eu também achava que o saneamento era mais importante. Voltando em fevereiro tem um espaço para avançar com a autonomia”.