Tesla fica de fora do índice S&P 500 e ações caem mais de 12%

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São Paulo — O comitê do S&P 500 excluiu a fabricante de automóveis Tesla de seu índice na bolsa de valores de Wall Street na sexta-feira, quando fez seu rebalanceamento trimestral. A notícia causou uma queda de mais de 12% nas ações da empresa comandada por Elon Musk.

A decisão pegou a maioria dos investidores de surpresa, já que a Tesla é, hoje, a décima maior empresa dos Estados Unidos, com uma capitalização de mercado chegando aos US$ 400 bilhões.

Além disso, a companhia reportou lucros no segundo trimestre do ano, o que, para alguns dos investidores, seria o suficiente para incluir a empresa no índice. Em vez disso, o comitê do S&P 500 colocou as empresas Etsy, Teradyne e Catalent, em substituição do H&R Block, Coty e Kohl’s.

Para alguns analistas, o motivo da exclusão pode estar na volatilidade das ações da Tesla e em sua prática de venda por crédito regulatório.

De acordo com economistas, o lucro por compras reais no último trimestre foi muito menor do que nos outros períodos, o que acendeu o sinal de alerta para os acionistas. “Investidores temem que a Tesla não seja capaz de sustentar lucratividade quando as vendas a crédito caírem”, afirmam analistas do Wells Fargo.

Os especialistas também afirmam que a volatilidade das ações da Tesla pesa contra sua inclusão no índice. As ações da Tesla subiram no pregão da tarde de sexta-feira, fechando em alta de 2,8% em US$ 418,3, após cairem no outro dia para US$ 372. O ganho acumulado de Tesla desde o início do ano chegou a 400% e no ano passado, as ações da Tesla ganharam mais de 800%, quebrando recordes entre as empresas automobilísticas e deixando claro uma imprevisibilidade no índice que outras companhias listadas no índice não apresentam.