Taxa de reprovação do presidente Bolsonaro sobe a 63%, diz CNT/MDA

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O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, durante reunião com o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, no Salão Oval da Casa Branca, em Washington (EUA). (Foto: Alan Santos/Presidência da República)

São Paulo – O porcentual de eleitores que reprovam o desempenho pessoal do presidente Jair Bolsonaro no governo aumentou para 63% em julho, de 51% em fevereiro, segundo pesquisa conduzida pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) e pela MDA. É a maior taxa de reprovação dele ao longo do governo, que começou em 2019, segundo dados históricos do levantamento.

A avaliação do governo como um todo também piorou – os que consideram a atual administração ruim ou péssima somaram 48%, ante 36% no levantamento de fevereiro, enquanto os que avaliam como ótimo ou bom diminuíram de 30% para 23%. Os que veem o governo como regular diminuíram de 33% para 28%.

A pesquisa ouviu 2.002 pessoas entre os dias 1 e 3 de julho e tem margem de erro de 2,2 pontos porcentuais (pp) para mais ou para menos. Dentre os entrevistados, quando questionados sobre com qual espectro do campo político se identificavam, 22% disseram ser de esquerda ou centro-esquerda, 12% se identificaram como sendo de centro, e 28,9% afirmaram ser de centro-direita ou direita. Os outros 37,1% não souberam ou não quiseram responder.

A piora na avaliação de Bolsonaro veio associada a uma percepção de que ele é o principal responsável pelo atraso da vacinação contra a covid-19 no Brasil – quase a metade dos entrevistados considera o presidente o único responsável por isso – e a uma piora da avaliação geral sobre como o governo conduziu o combate à pandemia até agora.

A reprovação maior também aparece ao lado da avaliação de que os preços dos produtos estão aumentando muito (92,4% acham isso) e que houve queda na renda em relação ao período que antecedeu a pandemia de covid-19 (56,5% relataram este problema).

Outra parte da pesquisa mostra que 74,6% consideram o auxílio emergencial muito importante para a população e para a economia – o que também pode ter afetado a avaliação do governo e do presidente, visto que o auxílio está para terminar e ainda não foi renovado pelo governo, apesar de promessas públicas feitas pelo presidente de que mais parcelas de ajuda seriam anunciadas.