Taxa de desocupação cai a 9,8% até maio, abaixo da previsão de 10,15%

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Foto: Lucía Pizarro Coma / Freeimages.com

São Paulo, 30 de junho de 2022 – A taxa de desocupação da população brasileira foi estimada em 9,8% no trimestre móvel encerrado em maio, ficando abaixo ante o trimestre imediatamente anterior (11,2%), referente aos meses de dezembro de 2021 e fevereiro de 2022, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foi o melhor resultado para um mês de maio desde 2015 (8,3%).

O resultado ficou levemente abaixo da mediana das expectativas do mercado financeiro, de +10,15%, conforme o Termômetro CMA.

Na comparação com o mesmo período anterior, referente ao período de março de 2021 a maio de 2021, quando estava em 14,7%, o índice apresentou significativa melhora, segundo o IBGE.

No fim de maio, a população desocupada somava 10,6 milhões de pessoas, caindo 11,5% em relação ao trimestre terminado em fevereiro, e diminuiu 30,2% no confronto com igual trimestre de 2021.

A população ocupada totalizou 97,5 milhões, subindo 2,4% em relação ao trimestre anterior (2,3 milhões de pessoas a menos) e subindo 10,6% (9,4 milhões de pessoas a mais) na comparação com o mesmo período do ano anterior. Entre março e maio, o nível de ocupação chegou a 56,4%, alta de 1,2 ponto percentual (pp) em relação ao trimestre móvel anterior, e de 4,9 pontos percentuais (pp) na comparação com o mesmo trimestre de 2021.

Já a taxa de subutilização da força de trabalho atingiu 21,8%, registrando queda de 1,7 pp em relação ao trimestre entre dezembro e fevereiro, assim como teve retração de 7,4 pp na comparação com igual período de 2021.

Segundo o IBGE, a população subutilizada somava 25,4 milhões no fim de maio o que representa quedas de 6,8% ante o trimestre anterior e 23,8% na comparação com o mesmo período de 2021.

Assim, a população fora da força de trabalho alcançou 64,8 milhões de pessoas, caindo 0,8% frente ao trimestre anterior e com queda de 4,7% em relação ao mesmo trimestre no ano passado. Já a população desalentada foi a 4,3 milhões de pessoas, caindo 8,0% em relação ao trimestre anterior, e com queda de 22,6% no confronto anual. Por sua vez, a taxa de informalidade foi de 40,1% da população ocupada (39,1 milhões de pessoas).

Em relação à renda, o rendimento médio real habitual dos trabalhadores foi estimado em R$ 2.613 entre março e maio, ficando estável ante o trimestre anterior e com queda de 7,2% ante igual período de 2021.

A massa de rendimento médio real habitual dos ocupados no trimestre encerrado em fevereiro foi estimada em R$ 249,8 bilhões, com alta de 3,2% frente ao trimestre anterior e de 3,0% na comparação interanual.

Já a força de trabalho (pessoas ocupadas e desocupadas) foi estimada em 108,1 milhões de pessoas, aumentando 0,8% em relação ao trimestre móvel de dezembro de 2021 a fevereiro de 2022 e aumentando de 4,6% (5,2 milhões de pessoas) frente ao mesmo trimestre de 2021.

Entre os grupamentos de atividades, houve aumento significativo em Indústria geral (2,5%, ou mais 312 mil pessoas), Construção (2,9%, ou mais 210 mil pessoas), Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (1,5%, ou mais 2,1 milhões de pessoas), Transporte, armazenagem e correio (4,6%, ou 224 mil pessoas) e Alojamento e alimentação (3,6%, ou mais 186 mil pessoas).

No confronto anual, houve aumento significativo em Indústria geral (11,0%, ou 1,3 milhão de pessoas), Construção (13,2%, ou 866 mil pessoas), Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (15,3%, ou mais 2,5 milhões de pessoas), Transporte, armazenagem e correio (14,0%, ou mais 629 mil pessoas), Alojamento e alimentação (26,9%, ou mais 1,1 milhão de pessoas) e Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (4,0%, ou mais 449 mil pessoas).