Taxa de desemprego fica em 11,8% no terceiro trimestre

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Por Flávya Pereira

São Paulo – A taxa de desocupação da população brasileira foi estimada em 11,8% no terceiro trimestre do ano, entre julho e setembro, ficando abaixo ante o trimestre imediatamente anterior (12,0%), referente ao período entre abril e junho, com recuo de 0,3 ponto percentual (pp), informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado ficou acima da mediana das estimativas coletadas pelo Termômetro CMA, de 11,6%. Na comparação com o mesmo período anterior, referente aos meses de julho a setembro do ano passado, quando estava em 11,9%, houve estabilidade, segundo o IBGE.

Ao fim de setembro deste ano, a população desocupada somava 12,5 milhões de pessoas, recuo de 2,0% (menos 251 mil pessoas) em relação ao trimestre anterior – de abril a junho deste ano – porém, estável no confronto com igual trimestre de 2018. Enquanto a população ocupada, por sua vez, somou 93,8 milhões no trimestre móvel, número recorde na série histórica, com altas de 0,5% em relação ao trimestre anterior (mais 459 mil pessoas) e de 1,6% frente a igual período do ano passado (mais 1,5 milhão de pessoas).

Segundo o IBGE, a população fora da força de trabalho chegou a 64,8 milhões, estável em relação as duas bases de comparação. Já a taxa de subutilização da força de trabalho chegou a 24,0%, queda de 0,8pp frente ao trimestre encerrado em junho, porém, estável ante o mesmo período do ano passado. De acordo com o IBGE, a população subutilizada somou 27,5 milhões, baixa de 3,4% (menos 952 mil pessoas) em relação ao período imediatamente anterior, enquanto ficou estável na comparação com o trimestre entre abril e junho de 2018.

O número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado (exceto trabalhadores domésticos) foi de 33,1 milhões de pessoas, estável nas duas bases de comparação. Enquanto o número de trabalhadores sem carteira assinada ficou em 11,8 milhões de pessoas, novamente no maior resultado da série histórica iniciada em 2012, com altas de 2,9% ante o período anterior e de 3,4% frente ao mesmo trimestre do ano passado.

Já o total de trabalhadores por conta própria totalizou 24,4 milhões, renovando o recorde na série histórica, oscilando em alta de 1,2% (mais 293 mil pessoas) frente ao trimestre móvel anterior, e subiu 4,3% (mais 1,0 milhão de pessoas) frente ao mesmo período de 2018.

Em relação à renda, o rendimento médio real habitual dos trabalhadores foi estimado em R$ 2.298 no período entre julho e setembro deste ano, estável nas duas bases de comparação. Por sua vez, a massa de rendimento médio real habitual dos ocupados nos últimos três meses até setembro foi estimada em R$ 210,4 bilhões, estável ante trimestre anterior e o mesmo período de 2018.

Para o analista da pesquisa, Adriana Beringuy, no País, a queda na taxa é normalmente observada nesta época do ano, já que “há mais pessoas trabalhando e menos pessoas procurando trabalho. “É uma sazonalidade típica do mercado de trabalho. O ano geralmente começa com mais pessoas procurando trabalho e no terceiro trimestre há tendência de reversão”, explica.