Superávit comercial chega a US$ 8,15 bi em abril no Brasil

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Foto: Chanaka / Pexels

 

Brasília, 5 de maio de 2022 – A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 8,148 bilhões em abril, resultado de exportações de US$ 28,92 bilhões e importações de US$ 20,754 bilhões. A corrente de comércio ficou em US$ 49,656 bilhões. Os dados foram divulgados pelo Ministério da Economia. No acumulado do ano, o superávit é de US$ 19,95 bilhões.

 

Em Abril/2022, comparado a igual mês do ano anterior, as exportações cresceram 16,7%. As importações cresceram 35,7%. Assim, a balança comercial registrou superávit com queda de 13,9%, e a corrente de comércio aumentou 24,0%.

 

No acumulado Janeiro/Abril 2022, em comparação a igual período do ano anterior, as exportações cresceram 23,8% e somaram US$ 101,19 bilhões. As importações cresceram 27,6% e totalizaram US$ 81,24 bilhões. Como consequência destes resultados, a balança comercial apresentou superávit de US$ 19,95 bilhões , com crescimento de 10,5%, e a corrente de comércio registrou aumento de 25,5%, atingindo US$ 182,42 bilhões.

 

Em Abril/2022, o desempenho dos setores foi o seguinte: crescimento de 12,7% em Agropecuária, que somou US$ 8,24 bilhões; queda de -10,2% em Indústria Extrativa, que chegou a US$ 5,69 bilhões e, por fim, crescimento de 35,0% em Indústria de Transformação, que alcançou US$ 14,83 bilhões. A combinação destes resultados levou ao aumento do total das exportações.

 

A expansão das exportações foi puxada, principalmente, pelo crescimento nas vendas dos seguintes produtos: Milho não moído, exceto milho doce (655,4%), Café não torrado (53,8%) e Soja ( 7,1%) na Agropecuária; Outros minerais em bruto ( 50,2%), Minérios de níquel e seus concentrados ( 104,9%) e Óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus ( 3,7%) na Indústria Extrativa ; Carne bovina fresca, refrigerada ou congelada (72,1%), Farelos de soja e outros alimentos para animais (excluídos cereais não moídos), farinhas de carnes e outros animais (55,4%) e Óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos (exceto óleos brutos) ( 57,2%) na Indústria de Transformação.

 

Por sua vez, ainda que o resultado das exportações tenha sido de crescimento, os seguintes produtos registraram diminuição nas vendas: Arroz com casca, paddy ou em bruto ( -92,4%), Frutas e nozes não oleaginosas, frescas ou secas (-19,7%) e Madeira em bruto (-42,5%) na Agropecuária; Minério de ferro e seus concentrados (-22,7%), Minérios de cobre e seus concentrados (-17,7%) e Outros minérios e concentrados dos metais de base ( -9,8%) na Indústria Extrativa ; Carne suína fresca, refrigerada ou congelada (-12,3%), Açúcares e melaços ( -9,6%) e Ouro, não monetário (excluindo minérios de ouro e seus concentrados) ( -6,9%) na Indústria de Transformação.

 

No acumulado Janeiro/Abril 2022, em comparação com igual período do ano anterior, os resultados por setores foram os seguintes: crescimento de 38,8% em Agropecuária, que somou US$ 24,65 bilhões; queda de -4,1% em Indústria Extrativa, que chegou a US$ 22,28 bilhões e, por fim, crescimento de 33,4% em Indústria de Transformação, que alcançou US$ 53,80 bilhões. A associação destes resultados levou ao aumento do total das exportações.

 

Esta conjuntura de crescimento nas exportações foi influenciada pelo crescimento das vendas nos seguintes produtos: Trigo e centeio, não moídos (485,3%), Café não torrado (59%) e Soja (38,1%) na Agropecuária; Outros minerais em bruto (46%), Minérios de níquel e seus concentrados (60%) e Óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (33,5%) na Indústria Extrativa ; Carne bovina fresca, refrigerada ou congelada (66,2%), Farelos de soja e outros alimentos para animais (excluídos cereais não moídos), farinhas de carnes e outros animais (44,8%) e Óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos (exceto óleos brutos) (122,4%) na Indústria de Transformação.

 

Por sua vez, ainda que o resultado das exportações tenha sido de crescimento, os seguintes produtos tiveram diminuição: Frutas e nozes não oleaginosas, frescas ou secas (-10,4%), Mel natural (-33%) e Algodão em bruto (-6,8%) na Agropecuária; Minério de ferro e seus concentrados (-30,5%), Minérios de cobre e seus concentrados (-13,9%) e Outros minérios e concentrados dos metais de base (-14,4%) na Indústria Extrativa ; Carne suína fresca, refrigerada ou congelada (-16,6%), Açúcares e melaços (-7,6%) e Aeronaves e outros equipamentos, incluindo suas partes (-18,5%) na Indústria de Transformação.

 

Importações

 

Em Abril/2022, o desempenho das importações por setor de atividade econômica foi o seguinte: crescimento de 33,0% em Agropecuária, que somou US$ 0,48 bilhões; crescimento de 58,1% em Indústria Extrativa, que chegou a US$ 1,42 bilhões e, por fim, crescimento de 35,5% em Indústria de Transformação, que alcançou US$ 18,69 bilhões. A combinação destes resultados motivou ao aumento das importações.

 

O movimento de crescimento nas importações foi influenciado pela ampliação das compras dos seguintes produtos: Trigo e centeio, não moídos ( 36,3%), Milho não moído, exceto milho doce (215,1%) e Soja (170,2%) na Agropecuária; Carvão, mesmo em pó, mas não aglomerado (106,1%), Óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus ( 51,8%) e Gás natural, liquefeito ou não ( 67,9%) na Indústria Extrativa ; Óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos (exceto óleos brutos) (114,3%), Compostos organo-inorgânicos, compostos heterocíclicos, ácidos nucléicos e seus sais, e sulfonamidas (78,6%) e Adubos ou fertilizantes químicos (exceto fertilizantes brutos) (318,7%) na Indústria de Transformação.

 

Ainda que o resultado das importações tenha sido de crescimento, os seguintes produtos tiveram diminuição: Produtos hortícolas, frescos ou refrigerados (-17,8%), Cacau em bruto ou torrado ( -52,7%) e Látex, borracha natural, balata, guta-percha, guaiúle, chicle e gomas naturais (-8,2%) na Agropecuária; Minério de ferro e seus concentrados (-99,8%), Minérios de cobre e seus concentrados (-76,7%) e Linhita e turfa ( -3,9%) na Indústria Extrativa ; Cobre (-47,1%), Equipamentos de telecomunicações, incluindo peças e acessórios (-15,7%) e Plataformas, embarcações e outras estruturas flutuantes (-74,9%) na Indústria de Transformação.

No acumulado Janeiro/Abril 2022, quando comparado com o mesmo período do ano anterior, os resultados por setores foram os seguintes: crescimento de 8,2% em Agropecuária, que somou US$ 1,75 bilhões; expansão de 136,6% em Indústria Extrativa, que chegou a US$ 7,56 bilhões e crescimento de 23,7% em Indústria de Transformação, que alcançou US$ 71,18 bilhões. A combinação destes resultados levou ao aumento do total das importações.

 

Esta conjuntura de crescimento nas importações foi influenciada pelo crescimento das compras dos seguintes produtos: Pescado inteiro vivo, morto ou refrigerado (61,8%), Trigo e centeio, não moídos (9,2%) e Cevada, não moída (37,5%) na Agropecuária; Carvão, mesmo em pó, mas não aglomerado (153,3%), Óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (142,4%) e Gás natural, liquefeito ou não (198,8%) na Indústria Extrativa ; Óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos (exceto óleos brutos) (72,4%), Adubos ou fertilizantes químicos (exceto fertilizantes brutos) (147,6%) e Válvulas e tubos termiônicas, de cátodo frio ou foto-cátodo, diodos, transistores (59,7%) na Indústria de Transformação.

 

Ainda que o resultado das importações tenha sido de crescimento, os seguintes produtos tiveram diminuição: Arroz com casca, paddy ou em bruto (-64,1%), Produtos hortícolas, frescos ou refrigerados (-4,8%) e Cacau em bruto ou torrado (-78,9%) na Agropecuária; Minério de ferro e seus concentrados (-71,4%), Minérios de cobre e seus concentrados (-74,6%) e Minérios de alumínio e seus concentrados (-66,6%) na Indústria Extrativa ; Polímeros de cloreto de vinila ou de outras olefinas halogenadas, em formas primárias (-41,7%), Equipamentos de telecomunicações, incluindo peças e acessórios (-8,3%) e Plataformas, embarcações e outras estruturas flutuantes (-83,8%) na Indústria de Transformação.