Setor de serviços do Brasil reduz ritmo de alta em setembro, diz IHS Markit

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São Paulo – O índice dos gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) sobre a atividade do setor de serviços do Brasil caiu a 54,6 pontos em setembro, de 55,1 pontos em agosto, segundo dados divulgados pelo instituto IHS Markit. A leitura, acima de 50 pontos, indica expansão da atividade.
A pesquisa mostrou que, com a pandemia recuando e o acesso às vacinas melhorando, os consumidores ficaram mais confiantes em sair de casa e gastar. Com isso, as empresas continuaram aumentando suas encomendas, com as vendas expandindo a um ritmo acentuado em setembro.
Apesar disso, a elevação dos preços de alimentos, combustíveis, equipamentos de proteção individual (EPI) e materiais empurrou a taxa geral de inflação dos preços de insumos para um novo recorde em setembro. “Todas as cinco grandes áreas da economia de serviços registraram aumentos acelerados nas despesas, com os aumentos mais acentuados evidentes em Serviços ao Consumidor e Transporte e Armazenamento”, disse o IHS Markit.
o índice de preço de bens finais também aumentou “a uma taxa sem precedentes”, segundo o instituto, conforme os prestadores de serviço repassaram custos adicionais aos clientes. No nível do subsetor, as duas principais taxas de inflação foram registradas em Informação e Comunicação, e Transporte e Armazenamento.
O IHS Markit disse também que em setembro as empresas do setor de serviços do Brasil aumentaram o número de funcionários pelo quarto mês consecutivo e no ritmo mais acentuado em nove anos.
“Em meio a relatórios de aumentos contínuos no número da força de trabalho, as empresas de serviços conseguiram eliminar os pedidos em atraso em setembro. Os negócios não concluídos diminuíram pela primeira vez em três meses, embora moderadamente.”
As empresas de serviços indicaram estar otimistas em relação à atividade de negócios nos próximos 12 meses e o grau geral de otimismo nos negócios aumentou para um máximo de 26 meses.