Sem apoio fiscal, Fed volta a agir para garantir crédito para empresas menores

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Fachada do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) / Foto: Fed

São Paulo – Na ausência de um entendimento entre a Casa Branca e os democratas para uma nova rodada de estímulos fiscais, o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) resolveu agir: afrouxou pela terceira vez os termos do programa Main Street para incentivar os bancos do país a fornecerem mais crédito para as empresas menores.

Segundo os novos termos do programa, o valor mínimo do empréstimo passa de US$ 250 mil para US$ 100 mil. Nas mudanças anteriores, os montantes do empréstimo haviam sido reduzidos de US$ 1 milhão para US$ 500 mil e depois de US$ 500 mil para US$ 250 mil.

Além disso, o Fed também renovou as taxas que os bancos podem cobrar dos tomadores de empréstimos para incentivar a concessão de empréstimos menores.

O programa de empréstimos da Main Street, avaliado em US$ 600 bilhões, é executado em conjunto com o Departamento do Tesouro norte-americano e foii projetado para incentivar o crédito para empresas em uma situação financeira sólida antes da pandemia do novo coronavírus. No âmbito do programa, o Fed vai comprar 95% dos empréstimos elegíveis feitos pelos bancos.

O Fed e o Tesouro também atualizaram as orientações aos bancos que permitirão que os mutuários excluam os empréstimos do Programa de Proteção ao Pagamento (PPP) de até US$ 2 milhões em certas circunstâncias ao determinar o valor máximo do empréstimo no Main Street.

O programa oferece empréstimos de cinco anos para empresas qualificadas e organizações sem fins lucrativos com pagamento diferido de principal e juros. De acordo com o Fed, até agora, o programa concedeu quase 400 empréstimos, totalizando US$ 3,7 bilhões.