Seca do Rio Paraná continuará e afetará hidrelétricas na Argentina

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Buenos Aires – A seca histórica do Rio Paraná e outros rios na Argentina continuará ao menos nos próximos três meses, afetando hidrelétricas, bem como termelétricas e usinas nucleares que usam água para resfriamento.

Embora haja uma clara baixa hidráulica a níveis históricos nas diferentes bacias, ainda não há estresse para o sistema elétrico em geral, que cobre a demanda com outras fontes de geração, disseram fontes da Subsecretaria de Energia Elétrica da Argentina à agência “Télam”.

Porém, segundo as previsões do tempo para o trimestre entre agosto e outubro, não há indícios de que possam ser revertidos os baixos níveis de chuva na bacia dos rios Paraná e Uruguai, no nordeste da Argentina, algo semelhante ao que se espera no sul do país, em particular na bacia do Comahue.

Enquanto isso, a hidrelétrica Yacyretá está operando com 12 de suas 20 turbinas devido à seca do Rio Paraná, o que significa uma redução na geração de energia de 50%, já que está gerando atualmente abaixo de 1.100 megawatts (mw), apenas um terço de sua capacidade técnica instalada de 3.200 mw.

A Argentina passa por sua crise hídrica mais grave dos últimos 77 anos. A seca dos rios, juntamente com a redução dos embarques de gás natural da Bolívia devido ao recente processo de recuperação da produção de gás em Vaca Muerta – atrasado um mês devido aos protestos em Neuquén – são os principais problemas enfrentados pelo Ministério da Energia neste inverno.

Tradução: Cristiana Euclydes