Sachs e XP acreditam em cenário favorável e Ebitda em elevação para a BRF

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São Paulo, SP – A Goldman Sachs manteve classificação neutra para a ação da BRF, mas com um aumento de 13,3% em relação ao preço-alvo, passando de R$ 19,5 para R$ 22,1 e US$ 4,05 para as ações locais ADRs (+12,5% de US$ 3,60 antes). Segundo o banco de investimentos, a alteração é reflexo da expectativa de maior Ebitda e múltiplo de saída.

Às 15h45, a ação da companhia recuava 2,37%, para R$ 25,13.

A perspectiva é que o Ebitda avance 15,7% em 2024, para R$ 9,964 bilhões, e cresça 5% em 2025, para R$ 7,531 bilhões, devido a uma rentabilidade mais forte no mercado internacional, e recue 5,2% em 2026, para R$ 6,500 bilhões, após uma normalização da situação global de oferta-demanda.

A análise destacou que a companhia deve se beneficiar com ganhos operacionais contínuos, preços dos cereais significativamente mais baixos, potencial interrupção no fornecimento de concorrentes globais, abertura de novos mercados e potencial atividade de fusões e aquisições. Por outro lado, o setor pode ser prejudicado pelo aumento da inflação dos grãos, potencial embargos de exportação, proibições e/ou perturbações sanitárias e aumento da concorrência e/ou forte oferta de produtos.

Para a XP Investimentos, a BRF continua sobre performando, o que levou a outra revisão para cima de suas estimativas. “Nosso EBITDA ajustado está agora 14% e 15% acima do consenso para 2024 e 2025, respectivamente. Desde que a nova gestão iniciou uma reforma da operação no terceiro trimestre de 2022, as ações passaram por uma reavaliação, que esperamos que persista, já que o ciclo ainda não atingiu o pico”, destacou a XP.

Segundo a corretora, a empresa deve apresentar melhorias estruturais em suas margens e na trajetória do fluxo de caixa livre, impulsionadas por ajustes operacionais estratégicos e
aprimoramentos no âmbito do programa BRF+. Dessa forma, a XP atribui um múltiplo alvo de 7x para 2025, o que implica em um preço-alvo de R$ 30,8/ em 2024.

“Estimamos que a BRF seja negociada a 5,7x e 6,0x EV/EBITDA para 2024 e 2025, respectivamente, com rendimentos projetados de FCF Yield de 11,2% e 8,7% no mesmo período. Mantemos nossa recomendação de compra de alta convicção para a BRF. No entanto, nossa preferência nos setores de alimentos e bebidas e agronegócio é agora a JBS, diante do valor mais atrativo nos níveis atuais (EV/EBITDA de 4,6x e FCF Yield de 18,3% para 2024)”, concluiu a XP.