RADAR DO DIA: Investidores de olho na Covid-19; atenção ao STF

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São Paulo – A expectativa é que o Ibovespa siga os pares do exterior e opere em alta, ancorado nas medidas de estímulos tomadas por governos para combater a pandemia do Covid-19, nome do novo coronavírus, e de olho em possíveis novas medidas do governo norte-americano.

Porém, uma decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Marco Aurélio Melo pode azedar os negócios. O magistrado pediu que a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifeste sobre uma notícia-crime contra o presidente Jair Bolsonaro.

Lá fora, os mercados estão de olho em dados da China e governos europeus, este último pode divulgar novas medidas de combate ao Covid-19.

Além disso, os investidores também continuam de olho na crise do preço do petróleo, após a Arábia Saudita aumentar a produção e reduzir os preços praticados pela estatal Saudi Aramco depois do fracasso nas negociações entre a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e países aliados para uma redução coordenada da oferta da commodity.

Ontem, o Ibovespa encerrou em alta de 1,64%, aos 74.639,48 pontos, acompanhando as bolsas norte-americanas e com investidores avaliando como positivas as medidas de estímulos já anunciadas para combater a pandemia do Covid-19, nome do novo coronavírus.

Nesta manhã, os contratos futuros dos principais índice do mercado de ações dos Estados Unidos apontam para uma abertura no azul, com investidores repercutindo ainda a mudança na abordagem de Trump no fim de semana, estendendo até o fim de abril o isolamento social.

As bolsas europeias operam em alta, na esteira da Ásia, após atividade chinesa voltar a se expandir, após se contraírem em ritmo recorde no mês passado.

Na Ásia, os principais índices do mercado de ações asiático fecharam o pregão em alta, refletindo a recuperação do índice dos gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) das atividades industrial e de serviços da China. No acumulado do mês e do trimestre, as ações caíram.

CORPORATIVO

A Cogna, antiga Kroton, reverteu lucro e teve prejuízo líquido R$ 168,316 milhões no quarto trimestre de 2019. O lucro líquido ajustado, que engloba amortização de intangível e mais valia de estoque, foi de 73,1% menor e somou R$ 51,619 milhões na base de comparação anual.

A CVC Corp informou que após a identificação de erros na contabilização de valores transferidos aos fornecedores de serviços turísticos referentes às receitas próprias de tais fornecedores não conseguirá divulgar os resultados financeiros de 2019 no prazo regulamentar.

O conselho de administração da Lojas Renner vai propor aos acionistas, durante assembleia geral ordinária, que deve ser realizada no dia 29 de abril, a proposta de redução do valor de distribuição de dividendos referentes a 2019 e a alteração no orçamento de capital para 2020.

A Suzano solicitou junto a instituições financeiras o desembolso de US$ 500 milhões de sua linha de crédito rotativo, ao custo de Libor + 1,30% e vencimento final em fevereiro de 2024.

Inicialmente previsto para ser divulgado em 19 de março e depois postergado para o dia 30, a Braskem até o momento não se manifestou sobre as divulgações do resultado de 2019.

O conselho de administração da BR Malls aprovou a emissão de 10 notas comerciais, pelo valor unitário de R$ 30 milhões, perfazendo o montante total de R$ 300 milhões. A emissão será em série única e o prazo de vencimento é de 730 dias.

O conselho de administração da Petrobras aderiu à iniciativa da diretoria executiva e aprovou o adiamento de 30% da remuneração dos seus membros nos meses de abril, maio e junho, para pagamento em setembro.

O conselho de administração da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) aprovou iniciativas para ajudar no combate ao Covid-19, nome do novo coronavírus, que vem se disseminando no Brasil.

A Petrobras contratou uma importação adicional de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP ou gás de cozinha) para reforçar o abastecimento no país.

O Grupo Raia Drogasil informou que não aumentará o preço dos medicamentos durante o mês de abril, mês no qual os reajustes são autorizados, como medida de apoio à população no momento de crise causada pelo novo coronavírus.

O conselho de administração da Hypera aprovou a emissão de 350 mil debêntures com valor total de R$ 3,5 bilhões, em duas séries. Esta será a 9 emissão de debêntures.