RADAR DO DIA: Cautela antes de Copom e olho no exterior

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Foto: Paul Pasieczny / freeimages.com

São Paulo – Os investidores seguem cautelosos na véspera da divulgação da taxa Selic pelo Banco Central (BC), enquanto monitoram as negociações sobre o pacote de estímulos nos Estados Unidos, a divulgação de balanços corporativos e notícias relacionadas ao coronavírus.

Por aqui, as atenções estarão voltadas para o avanço da proposta de reformas do governo Jair Bolsonaro, principalmente após ele ter dado carta branca ao ministro da Economia, Paulo Guedes, para uma espécie de nova CPMF desde que se retire outros tributos.

Em relação à taxa de juros brasileira, a expectativa do mercado é de um corte residual em continuidade ao visto nas decisões passadas.

Ontem, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que o bloqueio total do país para conter o ressurgimento de casos do coronavírus não é mais uma opção que está sendo considerada pelo seu governo. O líder norte-americano disse ainda que uma vacina contra a doença deve estar pronta antes do final do ano.

Sobre o pacote de estímulos, Trump ressaltou que a Casa Branca e os membros do Congresso continuam em negociações. Na semana passada, os republicanos do Senado apresentaram uma proposta de US$ 1 trilhão, que foi rejeitada pela oposição que defende um plano mais amplo, de US$ 3,5 trilhões.

A tensão entre Estados Unidos e China é outro tema que continua no radar, uma vez que as duas maiores potências veem se desentendo desde o fechamento de um consulado chinês e outro norte-americano no país asiático.

Em relação à pandemia causada pelo novo coronavírus, o número de mortes no mundo está em mais de 691 mil pessoas, de acordo com a contagem da universidade norte-americana Johns Hopkins, enquanto o número de casos no mundo já ultrapassou 18,1 milhões de infectados. O Brasil possui 2,7 milhões de casos confirmados, enquanto 94,7 mil pessoas morreram por causa da doença.

Ontem, o Ibovespa encerrou em queda de 0,07%, aos 102.829,96 pontos, descolando da alta de outras bolsas no exterior, em um dia de ajustes e cautela à espera da divulgação de balanços e eventos previstos ao longo da semana.

Nesta manhã, os contratos futuros de ações dos Estados Unidos mostram uma abertura negativa, com os investidores no aguardo da aprovação de novo pacote de estímulos, o avanço do coronavírus no país e a divulgação de balanços corporativos.

Na Europa, as principais bolsas operam em queda de olho na disseminação do coronavírus em algumas regiões do mundo, como nos Estados Unidos, além da divulgação de resultados empresariais.

Na Ásia, os principais índices do mercado de ações fecharam em alta, refletindo os ganhos em Wall Street visto ontem e de olho nas perspectivas positivas em relação as economias ao redor do globo.

CORPORATIVO

O lucro líquido recorrente do Itaú Unibanco, que exclui ganhos ou perdas com itens extraordinários, diminuiu 40,2% no segundo trimestre em relação ao mesmo período do ano anterior, para R$ 4,205 bilhões. O lucro líquido contábil, que inclui os efeitos positivos e negativos de eventos não recorrentes, diminuiu 49,8% na mesma base de comparação, para R$ 3,424 bilhões.

O conselho de administração da Totvs aprovou o pagamento de R$ 39,7 milhões em juros sobre capital próprio (JCP) aos acionistas. O valor será imputado aos dividendos obrigatórios do exercício e referem-se ao lucro do primeiro trimestre deste ano.

A BR Malls retomou a operação de três empreendimentos, sendo eles o Campinas Shopping, desde o último dia 27 de julho, o Estação Cuiabá, em 28 de julho, e o Iguatemi Caxias do Sul no dia 1 agosto.

A Bradesco Seguros e o Itaú Seguros aportaram R$ 600 milhões no âmbito da subscrição e integralização de ações decorrentes dos seus direitos no exercício do aumento de capital do IRB Brasil. Cada um possui participação de 15,4% e 11,3%, respectivamente.

O conselho de administração do Fleury aprovou o aumento de capital no valor de R$ 5,050 milhões, mediante a emissão de 577,893 mil ações ordinárias, pelo preço de R$ 8,74 cada, conforme previsto na outorga de opção de compra de ações.

O conselho de administração da Embraer aprovou a contratação de empréstimos por subsidiárias. Os contratos de financiamento aprovados foram de até US$ 60 milhões pela controlada Yaborã Indústria Aeronáutica por meio de cédula de crédito bancário através de pré-pagamento de exportação junto ao banco Santander Brasil.

A Petrobras iniciou a fase não vinculante para a venda de sua subsidiária Petrobras Biocombustíveis (Pbio). De acordo com a estatal, os potenciais compradores habilitados nesta fase receberão um memorando descritivo com informações mais detalhadas sobre o ativo e instruções sobre o processo de venda.

A B2W fez uma parceria com a Multiplan e o Delivery Center para integrar as lojas da administradora de shopping centers ao seu marketplace.

A mineradora Vale assinou um acordo com o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) para o pagamento de parcelas previdenciárias decorrentes do rompimento da barragem, em Brumadinho.

A BR Distribuidora firmou um contrato com a Petrobras para a compra de biodiesel selecionado durante as etapas de leilões de biodiesel no valor de R$ 118,713 milhões, no volume total de 24,492 mil metros cúbicos, dividido 19 unidades produtoras. O contrato tem vigência entre 1 a 31 de agosto.